Lançado em 21 de outubro de 2016, o décimo segundo álbum de estúdio do KoRn, “The Serenity of Suffering” é, sem dúvida, um dos melhores trabalhos da banda: a musicalidade intensa, os riffs marcantes, o vocal feroz e peculiar de Jonathan Davis e os refrãos que grudam na cabeça surpreenderam positivamente os fãs.
Quem conhece a banda sabe que a temática do bullying sempre foi abordada nas letras, mas, diferentemente dos primeiros álbuns, The Serenity of Suffering, cujo título é inspirado na vida do vocalista, fala muito sobre vícios e também sobre experiências espirituais.
“Insane” introduz o álbum mostrando o que pode ser esperarado: guitarras e refrão muito marcantes. “Rotting in Vain” – que é a melhor faixa, em minha opinião – possui uma intro com elementos eletrônicos, e, num determinado momento da música, dá a impressão de voltar para “Insane”. “Black is The Soul” é mais tranquila, mas também viciante como as demais. “A Different World”, com a participação de Corey Taylor (Slipknot) possui arranjos de ótima qualidade. Não falarei especificamente das demais faixas, mas todas elas têm uma melodia incrível e não deixam nem um pouco a desejar.
Em uma entrevista, o guitarrista Munky comenta que a vida de Davis é sofrida, mas que nesse sofrimento o vocalista consegue encontrar serenidade – daí o título do álbum. Em relação a capa, criada por Ron English, há o boneco do quarto álbum da banda, Issues. Apesar de ser bem colorida, a capa nos dá um aspecto sombrio, psicodélico, com um clima de decadência e morte – a representação de um mundo de sofrimento.
Welch, que havia saído da banda em 2005 e retornou em 2013, após sua conversão ao cristianismo em detrimento ao vício em metanfetamina, comenta em entrevista que The Serenity of Suffering representa uma fase incrível da banda: “há uma nova energia no Korn que nunca tivemos em muito tempo”, disse o guitarrista.
Um fato curioso é que as guitarras de Munky e Head foram gravadas ao mesmo tempo, algo que eles nunca haviam feito, mas que foi uma experiência que os fez tocar melhor e economizar bastante tempo.
Segundo os músicos, Nick Raskulinecz, o produtor, ajudou a banda a redescobrir sua essência, o que eles definiram como algo muito desafiador, mas que os resultados fizeram valer a pena.
Formação:
Jonathan Davis (vocal, teclados e programação);
James “Munky” Shaffer (guitarra);
Brian “Head” Welch (guitarra);
Reginald “Fieldy” Arvizu (baixo);
Ray Luzier (bateria)
Músicos Convidados:
Corey Taylor (vocal convidado em “A Different World”);
Sluggo (Over Dubs eletrônicos).
Faixas:
01. Insane
02. Rotting in Vain
03. Black Is the Soul
04. The Hating
05. A Different World (featuring Corey Taylor)
06. Take Me
07. Everything Falls Apart
08. Die Yet Another Night
09. When You’re Not There
10. Next in Line
11. Please Come for Me
12. Baby (faixa bônus)
13. Calling Me Too Soon (faixa bônus)
14. Out of You (faixa bônus)
Produção: Nick Raskulinecz
Gravadora: ROADRUNNER