Após uma série de singles lançados entre 2019 e 2023 e um EP, disponibilizados em 2020, no início da pandemia da Covid-19, o talentoso músico australiano Jovi Skyler apresentou no último mês de maio, o seu álbum de estreia, intitulado “Nothing to Do”. O trabalho, que conta com 10 músicas em pouco mais de 32 minutos, entrega ao ouvinte uma mescla muito bem feita de elementos do Punk Rock e do Rock Alternativo, obtendo ótimos resultados.
Adepto do “Do It Yourself”, o músico entrega uma sonoridade mais crua do ponto de vista da produção, mas dada a proposta estilística adotada, isso acaba caindo como uma luva para sua música. Isso já pode ser observado na boa faixa de abertura, “If You Think So”, que se destaca pelo vigor da guitarra e pelas boas melodias, principalmente no aspecto vocal. “Nervosa” mantém a pegada mais enérgica, com guitarras bem cruas e vocais urgentes, sendo seguida por “Danger Land” e sua atmosfera Grunge, bem realçada tanto nos vocais quanto na guitarra. “Got It Wrong” é outra em que a crueza da produção funciona muito bem, realçando a força da guitarra e as melodias, que ganham já na primeira audição. A primeira metade do álbum se encerra com “Tattos”, que agrega a proposta algo do Pop Rock em suas melodias.
A segunda metade mantém a qualidade até então mostrada, abrindo com “Evergreen” e seus bons riffs de guitarra, que esbanjam força, sendo seguida por “Virtual Reality”, onde o trabalho rítmico se destaca, principalmente a bateria. Aqui aquela pegada Grunge já citada se faz presente com força em algumas passagens. “Never Wanted” equilibra muito bem os já citados elementos do Alternativo e do Punk, com bom peso e vigor de sobra. Encerrando o álbum, temos a sequência formada por “Rocket” e “Survivor”, com melodias que ganham o ouvinte e crueza das guitarras distorcidas que observamos durante as canções anteriores.
Em uma realidade onde observamos produções que deixam as sonoridades plastificadas e tudo soando muito parecido, um álbum como “Nothing to Do”, com uma sonoridade orgânica e uma saudável crueza, se faz extremamente necessário, justamente por mostrar que sim, você pode ser diferente e que isso pode ser ótimo!