Resenha: Journey – Freedom (2022)

O Journey é uma daquelas bandas que dispensam apresentação. Longeva e que permeia o subconsciente dos amantes do rock melódico, há quase 5 décadas, a banda é uma verdadeira fábrica de hits. Os fãs criaram uma grande expectativa quando foi anunciado que a banda lançaria um novo álbum, o primeiro em 11 anos, desde Eclipse (2011), e não seria pra menos, em virtude do que o Journey representa no universo musical mundial. Enfim, na última sexta-feira, a expectativa se tornou realidade com o lançamento de Freedom, seu 15º de estúdio, ainda mais com o retorno do extraordinário baixista Randy Jackson, que estaria novamente ao lado de Neal Schon e Jonathan Cain, além de Deen Castronovo, Arnel Pineda e companhia. A produção do trabalho foi assinada por Neal Schon, Jonathan Cai e Narada Michael Walden.

O que se pode dizer sobre Freedom é que não é tão grandioso quanto se esperava, mas calma, isso não quer dizer que seja ruim. Pelo contrário, o trabalho, lançado pela gravadora italiana Frontiers Records tem lá alguns momentos grandiosos, que lembram a velha fórmula de sucesso que consagrou o Journey ao longo de tantos anos. Aqui você encontra baladas açucaradas, canções mais enérgicas e tudo o mais. Arnel Pineda é um grande vocalista e diga-se de passagem, ter que dar voz a uma banda que já teve a grandiosa e visceral, e por que não dizer, celestial, de Steve Perry, não é uma tarefa fácil e isso é um ponto a ser considerado, porque ao ouvir Freedom, acaba nos dando a sensação de que falta alguma coisa nas canções, algo que nos conecte a elas. De quem é a culpa por isso? De ninguém, claro, faz parte do processo, e que bom que o Journey resolveu voltar aos estúdios e nos presentear com um novo álbum, que eu colocaria na média, como nota, ou seja, daria pra “passar de ano”, embora não com louvor. Na minha opinião, alguns dos destaques do novo álbum são “Don’t Give up on Us” (ah, como eu queria ouvir essa canção na voz de Perry!!!), “Come Way With Me” (cheia de energia, feita pra sacudir arenas), “The Way We Used to Be” (a melhor balada do álbum) e “United We Stand” (a típica canção AOR). Confira abaixo, na íntegra, a audição de Freedom e tire você mesmo as suas conclusões:

Formação:
Arnel Pineda (vocais)
Neal Schon (guitarra, vocais de apoio, teclados)
Jonathan Cain (teclados, vocais de apoio)
Jason Derlatka (vocais de apoio)
Randy Jackson (baixo, vocais de apoio)
Narada Michael Walden (bateria, vocais de apoio, teclados)
Deen Castronovo (Vocais em “After Glow”)

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