Resenha: Jinjer — Wallflowers (2021)

O talento dos membros do Jinjer é inegável, tanto que é uma das bandas que mais cresceu na cena e inimaginável vê-los regredir em um futuro próximo. A cada álbum lançado a paixão pelo som da banda apenas cresce e cada vez mais fãs vão aparecendo.

Seu álbum de 2019, “Macro” marcou de vez o nome da banda em grandes festivais, onde apresentou um som com bastante identidade que tomou posse nas composições, ainda assim, nada previsíveis. Agora, “Wallflowers” chega para suceder a linhagem, então prepare-se para algo tão bom, senão melhor que o antecessor.

Call Me A Symbol” e “Colossus”, que abrem o álbum, chegam cheias de Groove e velocidade, com ótimos refrões puxados pela melódica voz limpa da vocalista. As coisas desaceleram em “Vortex”, o primeiro single do álbum, que começa com a guitarra limpa e virtuosa do excelente guitarrista Roman Ibramkhalilov, que casa muito bem com o Groove de Eugene Abdiukhanov. A faixa foi uma ótima escolha para single, pois mostra perfeitamente a proposta do álbum.

Disclosure!” começa com Vlad Ulasevich entregando um Groove na bateria que lembra “Territory” do Sepultura. A faixa continua pesada, mas dessa vez com os vocais limpos aparecendo um pouco mais. “Copycat” segue a mesma linha, um pouco mais acelerada e com mais guturais. Ainda tem uma passagem bem pesada com uma pegada de bandas de Metalcore. “Pearls and Swine” continua o peso esmagador e conta com um refrão um pouco mais arrastado, aqui temos uma das raras passagens mais cadenciadas e limpas, que logo se transforma em um dos momentos mais pesados do álbum. É como agredir e fazer carinho logo depois.

Sleep of the Righteous” é a que mais se destaca, tem um Groove impressionante e é a mais progressiva do álbum, alterna bastante o compasso e tem um tom sombrio que a deixa magnífica. “Wallflower” é aquela feita pra atingir um público maior, lembrando bastante a clássica “Pisces”, com uma pegada mais limpa e, mais uma vez, liderada pela incrível voz de Tatiana. “Dead Hands Feel No Pain” apresenta um som mais polido e com a voz limpa predominante e uma pegada mais melódica, ainda assim, as partes do gutural são incríveis.

Na reta final, “As I Boil Ice” tem um Groove de Eugene que impressiona, o baixo se destaca muito mesmo em meio a bateria e guitarra bastante pesadas. Ainda ao seu final uma calmaria toma conta da faixa e Tatiana nos brinda com uma performance mais suave. Isso nos encaminha para “Mediator”, que fecha o álbum de forma brilhante, com uma pegada que nos faz querer mais, faz querer ver a banda ao vivo e sentir essa energia que nos envolve no final da audição.

Não há como não destacar a talentosa vocalista Tatiana Shmailyuk. Só podemos apreciar o quão única é essa mulher dentro do Metal. Sua versatilidade, carisma e presença de palco, a mudança do gutural para a voz limpa é tão natural que os desavisados podem achar que são dois vocalistas durante a audição, mas não, é Tatiana apenas destruindo em sua performance.

Musicalmente, “Wallflowers” segue a linha de composições de “Macro”, com a diferença de ser mais direto e pesado. Se anteriormente haviam momentos de Raggae, Jazz e Bossa Nova em algumas passagens, aqui temos menos momentos assim. Na verdade, a banda desacelera poucas vezes, mantendo o peso em ascensão durante boa parte do álbum. Não sei se podemos dizer que é melhor que se antecessor, mas tá bastante parelho, e é melhor definir assim.

O futuro do Jinjer parece cada vez mais encaminhado ao topo, pois a cada álbum, videoclipe e show, a evolução é constante e a ambição de cada membro em se tornar um músico cada vez melhor e manter o profissionalismo em alta fará isso se tornar realidade. Bom pra nós!

Jinjer Wallflowers
Data de lançamento: 27 de agosto de 2021
Gravadora: Napalm Records

Tracklist:
01. Call Me a Symbol (04:20)
02. Colossus (03:36)
03. Vortex (04:02)
04. Disclosure! (03:47)
05. Copycat (04:23)
06. Pearls and Swine (05:20)
07. Sleep of the Righteous (04:32)
08. Wallflower (04:17)
09. Dead Hands Feel No Pain (04:09)
10. As I Boil Ice (04:21)
11. Mediator (04:29)

Formação:
Tatiana Shmailyuk
— Vocais
Eugene Abdiukhanov — Baixo
Roman Ibramkhalilov — Guitarra
Vlad Ulasevich — bateria

NOTA: 9.0

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