“Em time que está ganhando não se mexe” parece ser o lema dos alemães do Iron Savior. Lançado mundialmente no último dia 20 de maio pela AFM Records, “Titancraft” mantém praticamente intacta a sonoridade que a banda sempre se propôs a fazer desde o começo, há 20 anos, com muito Power Metal bem ao estilo alemão, lembrando um pouco até Grave Digger, por exemplo.
A introdução instrumental “Under Siege” e a faixa-título dão início ao álbum. “Titancraft” é cheia de energia, como pede uma faixa de abertura. O refrão é interessante e os solos de Joachim “Piesel” Küstner mais ainda. O disco começa com tudo.
A próxima é “Way of The Blade”, uma das faixas que haviam sido divulgadas antes mesmo do lançamento do álbum. Além disso, a música recebeu também um videoclipe. Sonoramente, “Way of The Blade” começa mais pesada, com baixo e guitarras ditando o ritmo. Assim como na anterior, o refrão é bem marcante e com um bom uso de backing vocals, bem ao estilo Iron Savior. Joachim “Piesel” Küstner rouba a cena novamente com seus grandes solos de guitarra.
Com uma roupagem mais Heavy Metal em determinados momentos, “Seize The Day” dá uma diminuída mínima no ritmo do álbum. Nada que comprometa. O baterista Thomas Nack se destaca mais no disco.
Ao som de cavalgadas começa outra música que quebra o andamento do álbum, dessa vez com mais notoriedade. “Gunsmoke” vale mais pelo baixo de Jan-Sören Eckert que pelo conjunto da obra. A faixa dá uma boa destoada do resto do disco, culminando em um fraco refrão e uma canção descartável.
Outra música divulgada antes do lançamento, “Beyond The Horizon” devolve parcialmente o ritmo do álbum. As alternâncias entre momentos de peso e melodia prejudicam o refrão neste caso, tornando-o o seu ponto mais fraco. Com um refrão melhor e menos mudanças de andamento, esta teria sido uma das melhores do disco.
“The Sun Won’t Rise In Hell” recupera o ritmo natural do trabalho com grandes performances dos músicos, sobretudo o baixista Jan-Sören Eckert e o guitarrista Joachim “Piesel” Küstner, que despeja inúmeros riffs e solos ao longo da faixa.
Em seguida temos a acelerada “Strike Down The Tyranny”, outra música para destacar o notável baterista Thomas Nack. A faixa é excelente e já é facilmente um dos destaques do disco. Ao som do baixo começa “Brother In Arms”, mais arrastada e com uma atmosfera bem particular. Apesar de ser mais lenta, não chega a ser entediante como “Gunsmoke”. “Brother In Arms” tem momentos bem interessantes em seus mais de cinco minutos.
A balada “I Surrender” dá uma esfriada nos ânimos. Esta tem um refrão grudento cheio de backing vocals e mostra um Piet Sielck um pouco mais versátil nos vocais em alguns trechos. “Rebellious” encerra o disco aliando peso e melodia com excelência, além do refrão interessante. A faixa é mais uma das melhores do trabalho.
“Titancraft” pode não ser o melhor disco da carreira do Iron Savior, mas é um álbum que, apesar de alguns tropeços, entrega tudo que promete para quem é fã do bom e velho Power Metal.
Formação:
Piet Sielck (vocal e guitarra);
Joachim “Piesel” Küstner (guitarra);
Jan-Sören Eckert (baixo);
Thomas Nack (bateria).
Membros convidados:
Jan Bertram (guitarra na faixa 10);
Philippa “Pippa” Sielck (backing vocal);
Frank Beck (backing vocal);
Daniel “Danny Danger” Galmarini (teclado nas faixas 6, 9 e 11 e piano na faixa 11).
Faixas:
01 – Under Siege (Intro)
02 – Titancraft
03 – Way of The Blade
04 – Seize The Day
05 – Gunsmoke
06 – Beyond The Horizon
07 – The Sun Won’t Rise In Hell
08 – Strike Down The Tyranny
09 – Brother In Arms
10 – I Surrender
11 – Rebellious
Links oficiais:
Site oficial
Facebook