Respondi em uma pesquisa dessas de internet sobre qual seria o melhor álbum do Iron Maiden com “The Final Frontier”. Eu sou admirador confesso deste que é o décimo quinto álbum de estúdio da banda, lançado em agosto de 2010 e que rendeu o número 1 nas paradas inglesas pela quarta vez na história – “The Number of The Beast” (1982), “Seventh Son of A Seventh Son” (1988) e “Fear of The Dark” (1992) foram os outros a alcançarem tal posto.
Talvez o anúncio de que a turnê mundial desse álbum passaria por minha cidade natal, Belém/PA, tenha servido de combustível pra que na época eu o ouvisse tantas vezes.
Tudo começa com “Satellite 15”. O início sombrio e estranho é compensado pela pancadaria da faixa-título, algo pra se ouvir em volume alto principalmente pelo som cristalino, graças em parte à produção vibrante de Kevin Shirley, de cara o Iron Maiden mostra o seu poder.
“El Dorado”, que foi disponibilizada pra download gratuito antes do lançamento do álbum, apresenta-se em uma qualidade sonora maior do que na versão disponibilizada. A faixa também é diferente da forma habitual do Iron compor. É como se a banda mostrasse aos fãs o quanto estava se renovando.
“Mother of Mercy”, canção seguinte, segue a linha progressiva com o refrão que gruda na mente bem ao estilo Iron Maiden. A letra expressa um ambiente pesado, similar à atmosfera criada em “A Matter of Life and Death”.
“Coming Home”, a música mais linda que eu já vi sendo tocada ao vivo, começa lembrando aquelas introduções do “Virtual XI”, os versos da canção se entrelaçam até chegar ao refrão, ainda mais estimulante que o percebido em “Mother of Mercy”. A canção, é mais objetiva, cujo destaque se encontra sob as mãos de Dave Murray em seu excelente solo. Como falar mau de um álbum que começa com essas quatro faixas.
Da quinta faixa pra frente a parte progressiva do álbum fica mais na cara. “The Alchemist” é a menor faixa do álbum com um riff rápido influenciado pelo speed metal como canções anteriores da banda, como “Man On The Edge” do álbum The X Factor e “Be Quick Or Be Dead” do álbum Fear of The Dark. “Isle of Avalon” tem uma introdução perfeita e é um épico de mais de nove minutos .
“Starblind” e “The Talisman” são faixas com mudanças de ritmo selvagens e as harmonias articuladas e “The Man Who Would be King” e “When The Wild Wind Blows” fecham o álbum com dois épicos progressivos com introduções bem trabalhadas.
Foi o disco que eu acompanhei em detalhes cada passo da banda, que eu assisti a turnê, talvez uns dos álbuns que mais ouvi na vida. Pra mim, perfeito.
Formação:
Bruce Dickinson (vocal);
Dave Murray (guitarra);
Adrian Smith (guitarra);
Janick Gers (guitarra);
Steve Harris (baixo);
Nicko McBrain (bateria).
Faixas:
01 – Satellite 15… The Final Frontier
02 – El Dorado
03 – Mother of Mercy
04 – Coming Home
05 – The Alchemist
06 – Isle of Avalon
07 – Starblind
08 – The Talisman
09 – The Man Who Would Be King
10 – When The Wild Wind Blows