Resenha: Innerwish – Innerwish (2016)

Geralmente, uma banda coloca o nome da própria banda no primeiro álbum. Não é o caso do Innerwish, mas podemos considerar que é uma forma de mostrar o renascimento e o surgimento de um dos melhores álbuns de 2016 até agora. Os gregos, com quase 20 anos de carreira, formados por George Eikosipentakis nos vocais, Thimios Krikos e Manolis Tsigkos nas guitarras, Antonis Mazarakis no baixo, Fragiskos Samoilis na batera e George Geogiou nos teclados, trazem um Power Metal primoroso. Vamos falar desse álbum que já entra no meu Top 10 de 2016, sem dúvida.

“Roll The Dice” já é arrasadora. Quem aqui lembra o “Ressurection” do Halford quando ele reapareceu? É a mesma sensação. Música que apresenta o Innerwish com riffs rápidos e precisos. Um refrão fácil, contagiante e empolgante. Daqueles que cantamos em shows até perder a voz. E não para por aí. “Broken” acelera com pedais duplos e ótimas linhas de batera. George tem um vocal poderoso e explora com agudos e graves no tom certo. Aumenta o som e curta essa faixa arrasadora!

“Modern Babylon” e “Machines of Fear” são outras boas faixas. Palhetadas fortes, marcantes e ótimas bases de teclados. “Machines” vai te fazer banguear com certeza, deixando você preparado para a melhor faixa do álbum e de toda carreira do Innerwish: “Needles In My Mind”.

Aqui abro um parágrafo apenas para esta faixa. É uma obra-prima. É o que as novas bandas de Heavy e Power Metal devem se espelhar. É disso que estamos precisando cada vez mais. A faixa abre com uma melodia leve cantada somente com o vocal de George. E depois entra toda a potencia dos riffs e solos que o Innerwish apresenta para nós. E ainda não é a melhor parte, refrão desta música é foda! Não tem como não aumentar o som e gravar o refrão rapidamente! O batera Fragiskos também encaixa as viradas e pedais com precisão cirúrgica, transformando “Needles In My Mind” em um dos hits do Power Metal de 2016. Duvida? Confere aí:

“My World On Fire” continua com a mesma intensidade de “Needles”, mantendo o álbum em alto nível. “Rain of A Thousand Years” eleva ainda mais a qualidade de “Innerwish”. Como uma banda formada em 1995 e com cinco álbuns consegue demorar tanto para atingir esta qualidade? É o que me pergunto durante todas as faixas. “Rains” é simplesmente divina!

Com o álbum tendo atingido o ápice nas faixas anteriores, “Serenity”, “Sins of The Past” (com muitas levadas de Judas Priest e Manowar) e “Through My Eyes” trazem ao ouvinte toda a variedade de elementos técnicos que a banda pode oferecer. Mesmo a banda sendo cristã, as críticas positivas já chamaram a atenção de grandes bandas do cenário.

“Zero Ground” é um exemplo de como é poderoso o Metal tocado pelo Innerwish. George apresenta muito bem sua qualidade vocal e suas extensões. Os fãs do Metal tradicional vão se apaixonar por esta obra. Para fechar com chave de ouro, o Innerwish apresenta “Cross The Line”, uma balada perfeita, item essencial em qualquer bom álbum de Metal. E os gregos finalizam seu CD homônimo com a sinfônica “Tame The Seven Seas” – simplesmente fantástica. Quando você acredita que o ritmo vai ser caindo por causa do final do álbum, o Innerwish finaliza com outra faixa épica. Como disse anteriormente, os caras entram no set dos melhores álbuns de 2016 sem sombra de dúvida.

Formação:
Giorgos Eikosipentakis (vocal);
Thymios Krikos (guitarra);
Manolis Tsigos (guitarra);
Antonis Mazarakis (baixo);
Franki Samoilis (bateria);
George Georgiou (teclados).

Faixas:
01 – Roll The Dice
02 – Broken
03 – Modern Babylon
04 – Machines of Fear
05 – Needles In My Mind
06 – My World On Fire
07 – Rain of A Thousand Years
08 – Serenity
09 – Sins of The Past
10 – Through My Eyes
11 – Zero Ground
12 – Cross The Line
13 – Tame The Seven Seas

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