Resenha: Krisiun – Assassination (2006)

O ano era 2006 e na cidade de Marabá – PA, 600 km da capital do estado Belém, a moda era bandas regionais que pipocavam as dezenas na mídia nacional.

Foi um amigo que viajou pra cidade de São Paulo a trabalho, que me trouxe no mesmo pacote que Christ Illusion do Slayer, o na época novo álbum do Krisiun. Já conhecia tudo lançado até então pela banda formada em 1990 na cidade de Ijuí, no Rio Grande do Sul. No último trabalho, o ep “Bloodshed”, a banda apresentava nas 07 primeiras músicas, andamentos mais lentos e cadenciados, as vezes cristalinos e flertando com o progressivo. Foi nessa linha gravado no Stage One Studios, na Alemanha, quando a banda se apresentava nos festivais de verão de 2005, e de novo com o produtor Andy Classen, o mesmo que havia produzido “Conquerors Of Armageddon” de 1999 que a banda lançava AssassiNation.

As 12 músicas desse trabalho trazem o amadurecimento da banda de forma cristalina mantendo toda a brutalidade que o transformaram em gigante no meio do Death Metal, houve claramente uma mudança de rapidez por técnica e muito groove.

Cada música tem um tipo diferente de estrutura, tornando a audição fácil.

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Da abertura com “Bloodcraft” a espetacular versão de “Sweet Revenge” do Motörhead, não dar pra pular faixas. Aliás a trinca inicial do álbum é uma das mais perfeitas já lançadas no metal extremo, “Bloodcraft,” “Natural Genocide” e “Vicious Wrath” única do álbum que ganhou vídeo clipe e se tornou um hit do Death Metal mundial.

A versão nacional do álbum ainda veio com “Hatred Inherit” e “Murderer” ao vivo e o vídeo de “Vicious Wrath”.

As mudanças, que as vezes deixam o fãs de cabelo em pé, pro Krisiun foi acertada e a partir daí a banda subia de patamar tornando-se o maior nome do Death Metal mundial. Pra mim, após os álbuns que seriam lançados depois desse, o Krisiun se tornaria a maior banda do mundo.

Tenho muito orgulho de ter conhecido e conversado com a banda, caras simples mais com uma presença impactante, típica de grandes ídolos.

10 anos depois, Marabá continua a mesma, mas muita coisa mudou pro Krisiun, cada vez mais brutal e perfeito.

 

Faixas

  1. “Bloodcraft” – 5:49
  2. “Natural Genocide” – 4:29
  3. “Vicious Wrath” – 3:54
  4. “Refusal” – 4:49
  5. “H.O.G. (House of God)” – 3:21
  6. “Father’s Perversion” – 4:49
  7. “Suicidal Savagery” – 4:23
  8. “Doomed” – 1:00
  9. “United in Deception” – 4:52
  10. “Decimated” – 4:08
  11. “Summon” – 0:49
  12. “Sweet Revenge” – 4:04 (Motörhead cover)

 

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Formação

  • Alex Camargo — vocal, baixo
  • Max Kolesne — bateria
  • Moyses Kolesne — guitarra

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