Resenha: Greta Van Fleet – Anthem of the Peaceful Army (2018)

Essa banda simplesmente está encantando o mundo com sua música, seu carisma e talento. Eu me sinto obrigado a mostrar essa banda para qualquer fã de Rock. O Greta Van Fleet chegou quieto, na surdina e fez um barulho enorme o ano passado, com seu EP “From The Fires” e, sem dúvidas, um álbum completo e mais bem produzido não demorou para ser anunciado.

Eis que a banda nos apresenta “Anthem of the Peaceful Army“, seu primeiro full-lenght lançado pela Republic Records. Um álbum feito com muita paixão e com uma qualidade espetacular.

Antes de mais nada, não podemos deixar de falar sobre a grande semelhança que a banda tem com o Led Zeppelin, algo que o guitarrista Jake Kiszka já declarou não ser intencional, apesar da influência. Mas isso não é uma coisa ruim, aquele sentimento nostálgico de ouvir uma banda assim é inexplicavelmente bom.

Musicalmente, temos faixas mescladas entre elétricas e acústicas. A faixa de abertura chamada “Age of Man” é tão grandiosa que parece ser feita mais para um fechamento de álbum do que para abertura. Um épico de seis minutos que dá um gás impressionante na audição. Seguida pela ótima e melódica “The Cold Wind“, onde as guitarras dão um show.

Se destacam também os singles “When the Curtain Falls” e  “Watching Over“, com aquela pegada setentista e moderna muito bem mescladas.

A performance do vocalista Josh Kiszka tira o fôlego do ouvinte, esse timbre agudo que muito lembra o Sr. Robert Plant domina as faixas com um talento de outro mundo. Podemos dizer que ele, com sua performance teatral, é um show à parte nas performances.

You’re the One“, “The New Day” e “Mountain of the Sun“, faixas do meio do álbum se mantem no nível das primeiras, algo extremamente bom e incomum em faixas de meio de álbum. As duas primeiras com uma abordagem mais acústica e a outra mais elétrica. Ponto positivo para a banda.

Na reta final, “Brave New World” aparece com um tom mais tenso e melodioso, tem uma carga bem emocional e “Anthem” abrange bem o estilo de faixas mescladas proposto pela banda, com passagens acústicas muito bem trabalhadas, com harmonias se encaixando perfeitamente no fim da faixa.

A faixa “Lover, Leaver” aparece duas vezes, a primeira é a versão liberada anteriormente, com pouco mais de três minutos de duração, a segunda fecha o álbum com o título de “Lover, Leaver (Taker, Believer)“, com seis minutos, o que a torna uma versão estendida. A faixa é muito boa, principalmente a segunda que tem harmonias muito bem encaixadas do meio para o fim. Em três ouvidas, não consegui ouvir diferenças nas letras, por acredito que seja uma versão estendida mesmo.

Pois bem, o Greta Van Fleet chega pra colocar um gás na chama do Classic Rock, que estava se apagando, sem nada excitando aparecendo de novo. Todos os músicos tem uma pegada incrível, além dos já citados Josh e Jake Kiszka, preste atenção no baixo de Sam Kiszka e na bateria de Danny Wagner e note a cozinha perfeita que eles formam na maioria das faixas.

Falar bem da banda chega a parecer demagogia, mas esses jovens são tão bons no que fazer que é impossível não se encartar com o som deles. E com certeza, não só eu, mas vários fãs esperam ansiosamente uma visita da banda em terras tupiniquins.

Formação:
Josh Kiszka (vocal);
Jake Kiszka (guitarras);
Sam Kiszka (baixo);
Danny Wagner (bateria).

Faixas:
01. Age of Man
02. The Cold Wind
03. When the Curtain Falls
04. Watching Over
05. Lover, Leaver
06. Youre the One
07. The New Day
08. Mountain of the Sun
09. Brave New World
10. Anthem
11. Lover, Leaver (Taker, Believer)

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