O Heavy Metal não tem um marco específico, uma vez que as influências do Rock pesado são muitas. Banda, como o The Who, Led Zeppelin ou até single, “Helter Skelter”, do Beatles são creditadas como influência do estilo; mas, sem dúvidas, foi o Black Sabbath que personificou o estilo. No Power Metal – um subgênero do Heavy Metal – acontece o mesmo. Podemos regredir para a importância do Rainbow para o gênero, mas quem personificou o estilo, foram os alemães do Helloween.

Na prolífica década de 90, o Power Metal contava com o Helloween, Gamma Ray, Blind Guardian, Stratovarius, Kamelot, Edguy, Angra (na América do Sul), entre outros, utilizando de influências do Heavy Metal tradicional e Symphonic Metal. O estilo tão popular na Europa, Ásia e América do Sul, passou a saturar na metade do século 21 e caiu no limbo da mesmice (acusação dos próprios fãs, inclusive). Mas na última década, bandas como o Temperance, Gloryhammer, Evermore e o Frozen Crown, vem dando um novo refresco para o estilo utilizando das grandes valências do estilo, aderindo elementos “modernos” (como o Temperance, por exemplo).

Neste ano de 2023, os italianos do Frozen Crown lançaram o seu quarto disco de estúdio, “Call of The North”, via Scarlet Records. Criada em 2017, a banda seguiu a linha mais tradicional do estilo se baseando em grandes riffs de guitarras e músicas extremamente velozes. O quinto álbum seguiu esta linha, mas com uma adição de linhas sinfônicas.

Um diferencial da banda (embora não fosse uma novidade para os demais estilos do Metal), era a participação do guitarrista, Federico Mondelli, nos vocais, criando certos duetos com a vocalista principal, Giada “Jade” Etro. Isto ficou no passado, e Mondelli tem sido mais um back vocal. Dito isto, a banda está mais pesada do que nunca!

O peso já foi destacado no antecessor, “Winterbane”. Mas em “Call of the North, as guitarras pesadas se juntaram ao clima épico criadas por linhas de orquestras, como na faixa título, em “Fire in The Sky” e na faixa, “Victorious”, que é introduzida por um violão típico do Folk Metal. Os grandes riffs e mais marcantes, são destaques nas faixas, “Black Heart”, uma faixa mais sombria e em “Legion”.

Este foi o primeiro disco gravado integralmente com a presença dos integrantes: Fabiola Sheena Bellomo (guitarra), Ikki Zofi (baixo) e Niso Tomasini (bateria), que entraram durante a produção do “Winterbane”. É inegável a contribuição dos novos integrantes, que não só mantiveram como o elevaram. Mas é lógico que o destaque vai para a jovem, Fabiola Sheena, que construiu uma grande química com Mondelli.

A vocalista, Giada “Jade” Etro, seguiu mantendo o seu potente vocal e, junto com a dupla de guitarristas, é o ponto alto da banda. Embora o seu estilo de canto não seja versátil, a italiana compensa em potência e carisma, sobretudo nos refrãos marcantes (para serem gritados durante os shows) no qual ela se destaca: em “Call of The North”, eu destaco as faixas Now or Never” e “One for All”.

O Frozen Crown já tem quatro discos de estúdio, em seis anos de existência. Todos eles são pesados, potentes e dinâmicos. “Call of The North” é outro pedaço do grande caminho que eles estão trilhando!

Imagem dos integrantes do Frozen Crown
Reprodução: Facebook/ Frozen Crown

Frozen Crown – Call of The North
Data de Lançamento: 10/03/2023
Gravadora: Scarlet Records

Formação:
Giada “Jade” Etro (vocais)
Federico Mondell
i (guitarra)
Fabiola “Sheena” Bellomo (guitarra)
Francesco Zof (baixo)
Niso Tomasini (bateria)

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