Uma aula de power metal, em doses cavalares, ou estratosféricas, com o perdão do trocadilho!!! Assim podemos classificar Dimensional Convergence, o quinto e mais novo álbum do Flavio Brandão Stratosphere Project, projeto do guitarrista fluminense Flávio Brandão. O musicista reuniu uma tropa estelar com 20 convidados especiais para criar uma obra gigantesca, colossal e arrebatadora. Flávio transmite uma grande mensagem através de suas 8 novas composições, que flertam com alguns outros estilos dentro do metal, fazendo com que cada canção soe completamente diferente umas das outras, tornando a audição bem agradável tanto aos fãs do metal, quanto aos de power metal. Por falar nisso, o próprio power metal, que se tornou cansativo e repetitivo de uns anos pra cá, parece que foi reinventado neste trabalho, ganhando um brilho a mais, sendo acompanhado por grandiosas vocalizações, dobras vocais, arranjos sinfônicos em alta performance e solos guitarrísticos de tirar o fôlego.

A audição se inicia com “Entangled Minds”, que é um típico power metal, bem acelerado e várias camadas vocais, pra mostrar ao ouvinte o que ele vai neste trabalho. E como brinde, a faixa traz um solo grandioso, rápido e épico. A ela segue “Tesseract Dreams”, que foi lançada como single. A faixa soa como um poderoso heavy metal temperado com power metal moderno. Um dos maiores destaques da faixa é a poderosa voz do vocalista Gus Castro (Dagor Sorhdeam), aliada aos vocais de apoio de Ricardo Janke (Sefirot), que transmitem todo o peso, ferocidade e dramaticidade que a música exige, assim como a cozinha explosiva, executada com maestria pelo baterista Alessandro Kelvin (Perc3ption, Sefirot, Marius Danielsen), na companhia do baixo poderoso de Flavio Brandão. Flavio Brandão, aliás além da brilhante execução nas linhas de baixo, ainda nos brinda com sua eletrizante guitarra, não só fazendo a base rítmica, como também na execução do primeiro solo, que é mais curto, logo no começo da música. O segundo solo, mais acelerado e longo, leva a canção ao seu ápice, belamente executado por Bruno Sena (Dagor Sorhdeam). O time é completado pelo tecladista Fernando Nabhan (Dagor Sorhdeam), que faz uma bela cama melódica para acompanhar a canção. Logo na sequência vem “The Observer’s Gaze”, um dos maiores destaque do play. A faixa é densa, ritmada como um clamor, um canto de guerra, trazendo uma bela linha vocal e um solo grandioso, longo e cheio de nuances.
Chegando na metade do play vem a canção mais pesada, “Waves of Creation”. A canção é intensa, com vocalizações mais graves se alternando com vocais mais limpos e agudos, sem sair da melodia do power metal e traz mais uma bela linha de baixo. “Uncertainty Path” segue a ela de forma épica, lamuriosa, apesar de não ser tão intensa. Mais uma vez, o baixo tem um grande papel ao longo da execução da música. “Quantum Flux”, pra esta redatora que vos escreve é a melhor música do álbum. A faixa é um power metal grandioso, rápido e intenso, cantado a várias vozes, até certo ponto lembrando o saudoso e querido André Matos nos momentos mais inspirados. Um solo simplesmente animal, longo, clamoroso é executado com maestria. “The Spacetime Continuum” é a faixa mais heavy metal do play, bem pesada e cadenciada. Se você imaginar Bruce Dickinson cantando a música você vai captar a sua essência. Outra linda canção, que abrilhanta ainda mais a audição e o trabalho dos músicos envolvidos. Ah, eu falei que ela tem um belíssimo solo de guitarra? Nem precisava dizer, né!!!. Dimensional Convergence se encerra com “Strings of Existence”, que retransporta o ouvinte ao power metal. Não tão veloz quanto as anteriores, mas sua velocidade é controlada e colocada no lugar certo, funcionando bem como faixa de encerramento.

Dimensional Convergence é na sua essência um álbum de power metal, grandioso e moderno, temperado com outros estilos dentro do metal. Apesar de ter 20 músicos participantes, convidados, TODOS, assim mesmo, com letras garrafais, TODOS os musicistas envolvidos, escolhidos a dedo por Flávio Brandão, são excelentes profissionais e deram o seu melhor. O resultado não poderia ser outro, uma aula de como se faz músicas grandiosas e de qualidade, sem o menor pudor. Se você gosta de power metal, vai gostar de Dimensional Convergence, mas se você é fã de metal, adivinha? Vai gostar de Dimensional Convergence também. Resumindo a ópera, Dimensional Convergence é um álbum estratosférico!!!
Então, dito isto, clique no play abaixo e confira na íntegra, Dimensional Convergence, o novo álbum de Flavio Brandão Stratosphere Project:

Data de Lançamento: 13/10/2023
Gravadora: Independente
Facebook: https://www.facebook.com/flaviobrandaostratosphereproject
Link para redes sociais e plataformas digitais: https://linktr.ee/stratosphereproject
A banda concedeu à Roadie-Metal uma recente entrevista para falar sobre o novo álbum. Relembre no link a seguir: https://roadie-metal.com/entrevista-gabriel-carvalho-da-banda-xfears-fala-sobre-o-lancamento-do-novo-album-reasons-for-change/