Resenha: Five Finger Death Punch – American Capitalist (2011)

O Five Finger Death Punch tem sido uma das bandas que vem crescendo e ganhando cada vez mais respeito no mainstream. Ela que criou uma identidade própria nos últimos anos, está constantemente em turnê e nos grandes festivais de Metal do mundo.

O álbum de hoje, “American Capitalist“, que foi lançado em 2011, foi onde a banda concretizou seu estilo — pelo menos na minha opinião — e acertou a mão de vez.

Os riff graves e rápidos já abrem o álbum com duas músicas pesadíssimas, a faixa-título, que já pode ser considerada um clássico da banda, juntamente com “Under and Over It“, que também é indispensável nos shows da banda.

Ambas tem refrões super pegajosos e e riffs marcantes, a primeira ainda com uma pegada melódica em seu pré-refrão e refrão. A segunda já é uma música feita para os shows, com um grito de gangue logo finalizando o refrão bem pra cima.

The Pride” é outra feita para não faltar nos shows, com uma letra que fala sobre o sonho americano, orgulho e não se vender. O curioso é ver Ivan Moody citando várias marcas, redes sociais, músicos e personalidades americanas na letra.

A primeira balada do álbum é “Coming Down“, com uma letra bem forte e emocional, sobre alguém que se coloca acima dos outros para o bem próprio. Provavelmente é sobre algum relacionamento mal-sucedido. Os violões afinados em um tom baixo, assim como as guitarras em geral, dão um clima mais tenso e perfeito para a música.

Menace” é uma faixa um tanto pesada, com os bumbos explodindo junto aos riffs, apesar disso ainda conta com vocais limpos. Lembra o trabalho da banda nos primeiros álbuns, com uma pegada mais Metalcore. Na época, isso foi o que agradou muito e a faixa se tornou a mais agradável entre os fãs.

Na mesma linha da anterior, vem “Generation Dead“, essa com uma tom mais melodioso nos vocais, mas com muito agressividade no instrumental. Destaque para o baixo com muito Groove de Chris Kael, que fazia sua estreia na banda. Legal o modo mais cadenciado que Ivan canta nos versos e depois solta a voz no refrão. Ótima faixa.

Back For More” é mais pra cima, com um ótimo riff rápido. Tem a bateria agredindo menos os bumbos nos versos e deixando isso apenas para o refrão, bem melódico, por sinal.

A faixa mais pesada emocionalmente é “Remember Everything“, uma balada carregada de culpa e remorso de alguém que sempre foi considerado a ovelha negra da família, que sempre levou a fama de mal elemento, mas que na verdade foi em busca do sonho. A realidade de muitos músicos. Faixa espetacular que da aquela quebrada no álbum.

Voltando ao peso, “Wicked Ways” dá as caras com um riff rápido e cheio de Groove. A letra fala de alguém que se finge de anjo, mas na verdade é perverso, provavelmente é sobre algum tipo de término de relacionamento onde alguém acabou mentindo e traindo o outro.

Outra faixa bem melódica é “If I Fall“, mas não deixa de ser pesada. Muito boa é sua intro de violão, que aparece também na ponte e final. A letra é sobre alguém querendo te derrubar, mas você manda o recado de que não vai cair sozinho e levará todos juntos.

Fechando o álbum, temos “100 Ways To Hate“, com um riff pesadíssimo e uma pegada mais rápida, lembrando as primeiras faixas da audição. A letra, claramente, fala de ódio, ou melhor, cem modos de odiar. Destaque para a bateria no final da faixa, muito rápida e bem tocada.

Em “American Capitalist” a banda buscou ter um tom mais melódico, se distanciando do Metalcore do primeiro álbum. As faixas funcionam muito bem, de um modo que agrada quem gosta de algo mais agressivo e também quem curte algo mais limpo e cantado. A voz de Ivan permite isso e ele sabe usar muito bem.

A produção de Kevin Churko, que também ajudou na composição, é bem característica e deixa o som bastante único, criando a tal identidade que a banda alcançou.

Aqui é onde a banda encontrou o equilíbrio perfeito, a fórmula mágica que está usando até os dias de hoje. Peso e melodia na medida certa. Peça indispensável na minha discografia.

Formação:
Zoltan Bathory (guitarra);
Jason Hook (guitarra);
Ivan Moody (vocal);
Jeremy Spencer (bateria);
Chris Kael (baixo, vocal de apoio).

Faixas:
01. American Capitalist
02. Under and Over It
03. The Pride
04.Coming Down
05. Menace
06. Generation Dead
07. Back for More
08. Remember Everything
09. Wicked Ways
10. If I Fall
11. 100 Ways to Hate

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