Resenha: Fallen Idol – Fallen Idol (2015)

Verdade seja dita: existe um cansaço criativo na cena Metal, não há tantas bandas com um som original e bom. Quando ocorre de ter originalidade, geralmente é algo chato, sofrível ou vergonhoso, e quando algumas bandas querem inovar, abusam do uso de tecnologias. Mas há aquelas que se destacam fazendo o básico, algo simples, que poderia até passar batido, mas acaba pegando você de jeito e depois não tem como parar de ouvir.

A banda Fallen Idol está no grupo seleto do feijão com arroz mágico. Fazem o básico, sem soar datado ou repetitivo, só o simples e bom Metal. As referências são claras, ao ouvir o álbum homônimo, lançado em 2015, de forma independente e em formato digital, o ouvinte identificará influências de Black Sabbath, Candlemass e Saint Vitus.

Ao todo são sete faixas repletas de riffs grudentos, um baixo encorpado e uma bateria forte. O trio executa músicas pesadas, lentas, melancólicas (mas não é choradeira) e sombrias. Dou destaque aqui para “Join The Dead”, com uma introdução de baixo forte e um andamento mais rápido que as demais faixas e a “Scarecrow”, que abre com um riff de guitarra grudento e possui um solo magnífico que nos faz viajar pelo pântanos escuros do Doom Metal.

https://www.youtube.com/watch?v=9FNNYIIk82k

O único ato falho aqui foi a produção que, em algumas faixas, faz a bateria soar um pouco artificial e em outras o som sai um pouco abafado, mas isso não prejudica o resultado final, é apenas um detalhe pequeno em meio dessa viagem sonora.

A arte gráfica ficou a cargo de Fernando Lima (Drowned) da The Most Destructive Art, e ficou muito bela, casando perfeitamente com o som executado. A versão física pode ser adquirida com os membros da banda e a versão virtual no Bandcamp da banda.

O Fallen Idol é uma grande banda em ascensão, tendo seu trabalho elogiado em vários meios midiáticos. Participou da coletânea número 8 da Roadie Metal e teve um programa especial, #214, no canal Roadie Metal. O Brasil tem uma cena Doom Metal forte, consistente e bandas que não precisam se modernizar para serem grandes.

DOOM ON!

Formação:
Rodrigo Sitta (vocal, guitarra, teclados);
Márcio Silva (baixo, teclados);
Ulisses Campos (bateria).

Faixas
01. I, Psychotic
02. Join the Dead
03. Mother Death
04. Scarecrow
05. The Forgotten Page
06. Black Preacher
07. Dead Heart’s Lament

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