Fundado em 2004 na cidade de Contagem/MG, o Exorddium lançou em 2017 o seu segundo álbum de estúdio, “Leviatã”. Lançado quatro anos depois do trabalho de estreia “Sangue ou Glória” (2013), este traz diversas influências de bandas tradicionais do Heavy Metal, principalmente o Iron Maiden. Mas também conta com algo mais “moderno”, que chega até a flertar um pouco com nomes do Power Metal como Iced Earth e Metalium.

Produzido por André Cabelo no Estúdio Engenho, “Leviatã” marca a estreia do vocalista Eduardo Bisnik, que deu conta do recado. O álbum tem oito faixas e a primeira delas é a bela “Oceano das Almas Perdidas” dá o pontapé inicial com lindas melodias de violão e efeitos sonoros que lembram o encerramento do disco “Holy Land”, do Angra, com o som pássaros e das ondas do mar.

Em seguida, a faixa-título “Leviatã” traz o Heavy Metal tradicional padrão do Exorddium, com um refrão empolgante e um bom timbre das guitarras. A animada “Hail” é, como a maioria das faixas, um culto ao Heavy Metal. Sonoramente, esta chega a lembrar bastante o Metalium, ainda mais com o vocalista Eduardo Bisnik cantando de forma parecida com Henning Basse (atual Firewind). Tranquilamente uma das melhores faixas do disco.

A cadenciada “Irmãos no Metal” tem um bom instrumental no geral, com um bom trabalho das guitarras e também da bateria. Entretanto, acaba faltando algo para se tornar mais marcante, como as anteriores. A empolgante “Coração de Aço” tem um dos refrãos mais viciantes do disco, daqueles que seriam facilmente cantados a plenos pulmões nos shows do Exorddium.

“Brinde à Vida” tem uma das melhores performances vocais de Eduardo Bisnik e um refrão extremamente encorpado. Isso se deve às guitarras de Fernando Amaral e Paulo César, que fazem a música crescer brilhantemente e no momento exato.

“Filhos da Noite” é Heavy Metal oitentista puro, exceto no refrão. Outro dos grandes momentos de “Leviatã”. E para finalizar, “Dama das Sombras” desponta como a mais ousada do álbum, mesclando influências de Iron Maiden com os momentos climáticos que remetem ao Iced Earth, por exemplo. A faixa fica meio deslocada do resto, mas não compromete o disco.

De forma geral, “Leviatã” mostra uma banda talentosíssima, mas que carece de variedade temática nas letras. Coisas a se trabalhar nos próximos lançamentos que, se forem neste nível em termos de sonoridade, certamente alçarão o Exorddium a um maior reconhecimento no futuro.

Formação:
Eduardo Bisnik – vocal
Fernando Amaral – guitarra
Paulo César – guitarra
Nicolas Cortelete – baixo
Jailson Douglas – bateria

Faixas:
01. Oceano das Almas Perdidas
02. Leviatã
03. Hail
04. Irmãos no Metal
05. Coração de Aço
06. Brinde à Vida
07. Filhos da Noite
08. Dama das Sombras

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