Formada em junho de 1991 na Noruega o Enslaved é uma banda acostumada com mudanças, principalmente no estilo, afinal o Black Metal do inicio da carreira foi cada vez mais perdendo espaço no som da banda até chegar em “RIITIIR” (2012) que é um álbum totalmente Prog Metal. Em 2015 “In Times”, trazia de volta a densidade black metal, que transformara a banda em um gigante do estilo, foi aclamado pela crítica e se tornou meu álbum favorito da banda. Por sinal, o Enslaved está entre as minhas bandas favoritas e a acompanho desde os primórdios, “Frost” foi um dos primeros álbuns de extremo a entrar em minha coleção.
Logo após a banda comemorar seu 25º aniversário, o vocalista de longa data Herbrand Larsen deixou a banda e foi substituído por Hakon Vinje, que também é tecladista da banda Seven Impale, se havia alguma preocupação pela mudança vai passar rápido, pois sua voz é semelhante à de Herbrand, mas não tão baixa. A constante mudança entre os vocais extremos de Grutle Kjellson, com o de Vinje realmente aumenta a atmosfera. Algo que sempre foi feito pelo Enslaved e que se encaixa perfeitamente nesse novo álbum.
A primeira faixa “Storn Son”, serve logo como uma amostra do álbum, já que em quase 11 minutos são executados todos os estilos e sons de “E”, não atoa foi escolhida como primeiro single e vídeo, além de ser a faixa de abertura.
“The River’s Mouth”, é a melhor faixa do álbum, pesada e densa e cheia de riffs, mas também experimental com o uso de saxofone.
“Sacred Horse”, começa acústica e depois explode em tambores e riffs rápidos. A guitarra principal é um destaque com o seu surpreendente senso de som e melodia. Os últimos minutos da canção são a definição de épico.
“Axis of the Worlds”, é cheia de groove e lembra momentos de Mastodon e Opeth, traz alguns dos melhores riffs do álbum e é talvez a faixa mais Prog Metal, os vocais destroem tudo e a linha de baixo no final é mágica.
“Feathers of Eohl” é mais uma faixa maravilhosa, aonde predomina os vocais limpo de Hakon, e ele desempenha um papel importante ao colocar toda a suas influencias Prog Metal aqui. Os tambores dão uma sensação quase aleatória à música, pois aceleram e mudam de estilo muitas vezes.
Infelizmente chegamos ao fim do álbum com a faixa “Hiindsiight”, a faixa mais experimental, aqui eles adicionam uma boa quantidade de saxofone à música, principalmente de natureza melódica, mas o final da música também tem partes mais extravagantes e gritos limítrofes. Sax no metal está se tornando mais comum e popular nos últimos anos, vide os conterrâneos Shining e Ihsahn . Mas o trabalho de sax sobre esta faixa, no entanto, é mais melódico do que na maioria das vezes em que é usado.
Enfim mais um grande trabalho dessa banda que pra mim é gigante, hora de correr atrás pra comprar esse álbum que com certeza vai brigar nas pontas entre os melhores de 2017.
Formação:
Ivar Bjornson – (Guitarra, Teclado, Backing Vocals)
Grutle Kjellson – (Vocals, Baixo)
Arve Isdal – Guitarra)
Cato Bekkevold – (Bateria)
Hakon Vinje – (Teclados, Vocais)
Faixas:
1. Storm’s Son
2. The River’s Mouth
3. Sacred Horse
4. Axis of the Worlds
5. Feathers of Eolh
6. Hiindsiight