ELEINE, a bela banda sueca de Landskrona, está prestes a entregar outro tesouro ao reinado do metal sinfônico, o EP “All Shall Burn” será lançado em 22 de novembro pela Black Lodge Records, mas nós vamos acabar com a sua curiosidade aqui apresentando um pouco do esforço denso e hipnótico dessa peça quase teatral que ELEINE se tornou.
A hipnótica banda da vocalista Madeleine e os brilhantes músicos que a acompanham estão no nosso radar desde 2011 e desde então a banda lançou alguns singles, dois full-lenght e finalmente agora o EP “All Shall Burn“, e não seria sem razão que essa banda está na mira do público, Eleine tem uma beleza hipnotizante por si só como banda, apresentando performances tão fascinantes quanto sua compostura como músicos, outro ponto positivo é o contato próximo e aberto com o público, eu sempre digo “o músico deve ir onde seu público está” e ELEINE faz exatamente isso e, finalmente, o som distinto e exótico que desvia os parâmetros do metal sinfônico.
A principal diferença sobre ELEINE e especialmente sobre este EP é que eles têm o potencial de sucumbir às melodias doces e geniais do gênero à obscuridade e à vastidão tocante dos paradigmas de vida, morte e religião, avançando instigantemente por razões e adversidades humanas, transformando a própria sonoridade em algo mais profuso e sombrio. É claro que eu não preciso mencionar como é fácil atingir o emocional do ouvinte e dançar sem conflito com outros gêneros do metal sem torná-lo muito longe.
Agora que já vimos muitos detalhes sobre essa banda, é hora de falar sobre o conteúdo de “All Shall Burn“. Com arte de capa que poderia enganar facilmente um conhecedor de Black ou Death Metal, Eleine mergulhou na obscuridade da arte, assim como a primeira faixa “Enemies“, com seus suaves momentos vocais ao vigor de suas guitarras não tradicionais e melodias duras para o estilo quanto eu poderia imaginar, nós sabíamos disso antes, ELEINE abriu uma grande lacuna no gênero e surpreendentemente isso funciona muito bem, nada de apenas fadas, mitologia e fantasia até aqui, ELEINE vai além.
“All Shall Burn” é outro momento inovador neste novo trabalho, introduzindo momentos fortes com instrumental coeso onde Rikard e Ludwig apenas brilham nas linhas cortantes das guitarras mas nada comparado a “Mein Herz Brennt“, esse é um dos momentos mais impressionantes para mim neste EP.
“Enemies” é uma faixa que impulsiona o álbum facilmente mas em muitos momentos eu senti como se dissesse a Madeleine “levante esse vocal, levante esse vocal“, por algum motivo senti que algum tom acima teria saído melhor, mas nada como encontrar esta dama incorporando os demônios em “Mein Herz Brennt“, é realmente uma jogada de mestre e soa tão furiosa e dilacerante que facilmente tira o fôlego do ouvinte enquanto os violinos fornecem um fundo magnífico.
O EP também entregará “Hell Moon (We Shall Never Die)” e “All Shall Burn (Symphonic Version)” em puro estado sinfônico quase enegrecido pelas novas cores que essa banda fulminante oferece.
Eu nunca imaginei reunir tão bem as denominações entre escuridão e luz em uma banda de metal sinfônico, mas é exatamente isso que ELEINE faz. Um frenesi ao tradicionalismo, uma jornada de descobertas, está é ELEINE abrindo caminho para mais tempos de alquimia e genialidade.
Nota: 10/10
Track listing
1 – Enemies
2 – All Shall Burn
3 – Mein Herz Brennt
4 – Hell Moon (We Shall Never Die) (Symphonic Version)
5 – All Shall Burn (Symphonic Version)
Membros da banda
Madeleine “Eleine” Liljestam – Vocal
Rikard Ekberg – Guitarra/Grunhidos/Vocal
Ludwig Dante – Guitarra
Jesper Sunnhagen – Bateria
Anton Helgesson – Baixo
Rikard Ekberg – Produção, Engenheiro de som
Madeleine Liljestam – Produção
Thomas “Plec” Johansson – Gravação, mixagem e masterização
Nestor Avalos – Arte da Capa