A Dream In Static é como encontrar um Van Gogh embaixo da cama. Foi navegando pelo YouTube que observei a capa do álbum e a mesma chamou minha atenção. E resolvi ouvir, graças aos deuses do Metal posso trazer essa obra para vocês conhecerem e apreciarem.
A banda faz um Metal Progressivo moderno e clássico, inclusive com participação da Orquestra Sinfônica de Moscow. Formada por Jamie van Dyck nas guitarras, Frank Sacramone nos teclados, Bem Shanbrom na batera e Ryan Griffin nos baixos. E aí você me pergunta: e o vocalista? Quem abre o álbum é Lajon Witherspoon, do Sevendust. Daniel Tompkins do Tesseract canta a faixa-título em seguida. Bjorn Strid (Soilwork), Eric Zirlinger (Face The King) também deixam suas participações. O que torna o álbum bastante agradável a diversos gostos.
A capa eu já comentei acima, chamou minha atenção e é belíssima. Então vamos falar das músicas. “A Dream In Static” tem uma abertura de oito minutos onde o Earthside demonstra toda a capacidade progressiva, criativa e talentosa. É uma experiência envolvente e tem traços emotivos e pesados se contrapondo o tempo todo.
“Mob Mentality” já te trará lembranças do álbum Awake do Dream Theater, mas em nada se parece com ela. Sua abertura é conduzida pela Orquestra Sinfônica de Moscow e pelos excelentes vocais de Lajon (Sevendust) que se encaixam em perfeita harmonia. Ela navega entre partes pesadas e leves e Lajon mantém a qualidade vocal sem destoar em nenhum momento. É uma track lindíssima. Confere aí:
Na sequência vem a faixa-título, que também é fantástica. Agora quem comanda os vocais é Daniel Tompkins, do Tesseract, que atinge notas altas com extrema competência. As melodias da faixa são criativas e melódicas com peso certo e dão abertura para a Orquestra Sinfônica de Moscow ampliar sua participação na quarta faixa do álbum “Entering The Light”. Destaque para a sonorização e mixagem das músicas e as linhas de bateria, realmente muito boas.
“Skyline”, quinta faixa, mantém o mesmo padrão e qualidade das anteriores. O contraste do peso do Nu Metal com o Progressivo Melódico nessa melodia é o grande trunfo da faixa. “Crater” traz um novo questionamento com a participação de Bjorn Strid, do Soilwork, transformando o que era calmo, Progressivo e melódico em algo mais intenso, pesado, flertando com screams melódicos e rasgados, característica de Bjorn.
E para finalizar, a instrumental “The Ungrounding”, que abre com excelentes riffs pesados, pedais duplos e teclados misturados com quebra de tempos na batera que faz os apaixonados pelo Progressivo se empolgarem mais uma vez. Como em todo o álbum, Earthside estende suas faixas para mostrar toda a competência e técnica que possui. “Contemplation of The Beautiful” dá números finais ao maravilhoso álbum. Eric Zerlinger do Face The King abrilhanta ainda mais com suas variações vocais mais guturais e sombrias. “A Dream In Static” é um álbum que deve ser ouvido diversas vezes, pois a cada minuto se percebe novas descobertas, novas melodias. Fica a dica e vamos aguardar novos trabalhos!
Formação:
Jamie van Dyck (guitarra);
Ryan Griffin (baixo);
Bem Shanbrom (bateria);
Frank Sacramone (teclados).
Participações especiais:
Lajon Witherspoon (vocal na faixa “Mob Mentality”);
Daniel Tompkins (vocal na faixa “A Dream In Static”);
Bjorn Strid (vocal na faixa “Crater”);
Eric Zirlinger (vocal da faixa “Contemplation of The Beautiful”);
Orquestra Sinfônica de Moscow
Faixas:
01 – The Closest I’ve Come
02 – Mob Mentality
03 – A Dream In Static
04 – Entering The Light
05 – Skyline
06 – Crater
07 – The Ungrounding
09 – Contemplation of The Beautiful