Resenha: Deicide – Overtures of Blasphemy (2018)

DEICIDE lançou seu décimo segundo álbum de estúdio no último dia 14, via Century Media, intitulado “Overtures of Blasphemy“. E aqui a banda não nos apresenta nada de diferente do que esperamos de Glen Benton e cia: peso, velocidade, brutalidade… E claro, com o perdão do trocadilho, muita blasfêmia. Em 30 minutos, temos um disco cru e direto, como no início da banda.

Com produção de Jason Suecof, o disco foi gravado no Audio Hammer Studios (Stanford, Flórida), com Zbigniew Bielak responsável pela arte gráfica do disco.

O disco abre com a poderosa  “One With Satan“. Paulada no pé da orelha que tem uma trégua somente nos dois solos, onde o andamento dá uma brecada na velocidade. E com direito à blasfêmia, típica do Deicide.

Crawled From The Shadows” mantém o  nível na ionosfera. Peso e velocidade dão as cartas aqui. Música direta e reta.

Seal the Tomb Below” já não é tão rápida quanto as duas anteriores, embora seja ainda rápida, esta preza mais os riffs bem trabalhados.

Compliments of Christ” essa sim a com andamento mais devagar de todas, mas aqui não tem espaço para nada que não seja brutal.

All That Is Evil” começa não tão rápida quanto as duas músicas anteriores, mas se desenvolve de maneira muito agradável se tornando rápida e voltando ao ritmo de seu início, calcado no riff.

Excommunicated” nos instiga a procurar uma música ruim neste álbum e não é aqui que encontraremos. A brutalidade da banda se mantém ativa, aqui com destaque para a bateria.

Anointed In Blood” se mostra a melhor faixa do álbum. A sua base tem um riff de guitarra é simplesmente fabuloso.

Crucified Soul of Salvation” segue o play trazendo a receita das duas primeiras músicas: Velocidade, peso e brutalidade, lembrando aqui os austríacos do PUNGENT STENCH.

Um solo melódico e épico são os elementos da intro de “Defying the Sacred“, que logo descamba para o Death Metal mais pútrido, veloz e brutal, com apenas uma coisa a se lamentar aqui: O solo muito bem elaborado foi engolido pela bateria. Uma coisa que a mixagem poderia ter resolvido. A música em si é boa demais.

Consumed by Hatred” traz riffs bem intrincados com partes mais velozes e muita podreira sonora.

Flesh, Power, Dominion” nos remete ao DEICIDE dos primórdios. Bateria à velocidade ultrassonora e muita técnica. Aqui o solo de guitarra está audível.

E fechando temos “Destined to Blasphemy” com seu riff bem nervoso inicial, descambando para o Death Metal, tendo este intercâmbio de andamentos até o seu final, encerrando a obra com chave de ouro.  A única restrição que eu faço neste álbum é com relação a produção, as guitarras estão muito sujas, e em alguns momentos, como citado alguns parágrafos acima, o solo de “Defying the Sacred” ficou bastante comprometido. Mas nada que tire o brilho deste álbum.

Formação:

Glen Benton: Vocal/ baixo

Steve Asheim: Bateria

Kevin Quirion: Guitarra

Mark English: Guitarra

Track List:

  1. One With Satan
  2. Crawled From The Shadows
  3. Seal the Bomb Below
  4. Compliments of Christ
  5. All That is Evil
  6. Excommunicated
  7. Anointed in Blood
  8. Crucified Soul of Salvation
  9. Defying the Sacred
  10. Consumed By Hatred
  11. Flesh, Power, Dominion
  12. Destined to Blasphemy

Encontre sua banda favorita