Resenha: Death Chaos – Bring Them To Die (2018)

Quem acompanha meu trabalho junto a Roadie Metal, deve ter percebido que minhas notas giram em torno do metal extremo em especial o death metal. E é gratificante pra mim quando surgem novas bandas com qualidade, dentro de um estilo que está meio que saturado.

A banda curitibana Death Chaos foi uma dessas gratas surpresas, uma das grandes revelações do Death Metal brasileiro. A banda foi formada em 2014 e em 2015 já lançou sua primeira demo intitulada de Death Chaos. No ano seguinte saiu o EP “Prologue in Death & Chaos”, lançado de forma independente e que gerou olhares mais atentos. Agora em 2018 saí o debut “Bring Them To Die”, um tributo aos amantes do death metal, que vai ao contrário da tendencia muitas bandas de death metal que mantêm a conotação de que tudo tem que ser caótico e rápido. Não sou de classificar o Death Metal como melódico, mas gosto de trabalhar com escolas e a escola da Death Chaos é a sueca, com influencias de nomes como Dismember, Desultory e Entombed – se você chama de death melódico, por mim tudo bem.

No debut “Bring Them To Die”, os riffs cortantes se ligam bem com passagens melódicas, tornando o som variado. Interessante notar as introduções de algumas faixas que criam um clima de tensão e vai crescendo até começar a chuva de riffs.  A produção é clara e as guitarras fazem o trabalho principal com riffs sujos, semelhantes a uma equipe de assassinos brandindo motosserras, e solos inspirados. Não espere ouvir algo no estilo moderno de death metal, pois os curitibanos tem raízes old school.

O álbum tem grandes momentos, cada faixa com sua identidade, mas destaco aqui as faixas ‘Bring Them To Die’, que inicia com uma introdução tipica de filme de terror e vai introduzindo o ouvinte aos poucos no clima de desespero, como um assassino macheando para matar.

‘Brutal Death Desire’ tem seu início veloz e  variedade no andamento, aumenta e diminuí a velocidade com um belo solo no meio. ‘Night of intense Hankering’, segue a mesma tendencia e tem um refrão interessante, que não escuto com frequência em bandas do estilo. Já ‘Hammentown’ me chamou atenção pelo solo inspirado e pelo andamento com algumas pausas. Um ponto a melhorar ao meu ver, seria a duração das faixas, algumas são longas de mais, talvez faixas mais curtas se encaixassem melhor. Essas são minhas preferencias, mas claro que você vai curtir o álbum todo e encontrará a suas preferidas, escute sem medo, garanto que vai curtir.

 

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