Glenn Hughes é o tipo de cara que dispensa maiores apresentações, afinal, ele fez parte de algumas (sim, no plural) das mais importantes bandas do mundo e, convenhamos, isso seria nada se o seu carisma e o seu talento não fossem absurdos.
Nesta turnê, intitulada “Classic Deep Purple Live” ele se deu o direito de tocar apenas músicas do Deep Purple (umas das famosas bandas por onde passou) acompanhado de um time de primeira grandeza formado pelos dinamarqueses: Jesper Bo ‘Jay Boe’ Hansen (teclado) e Søren Andersen (guitarra), além de Fernando Escobedo (bateria), este um jovem músico chileno de apenas 25 anos.
Minutos antes de subir ao palco o expressivo público presente que compareceu ao Tropical Butantã já não se continha e a ansiedade era tanta que qualquer movimento no palco era saudado com euforia.
Pontualmente as 19:30 a banda assume o palco e logo após a Intro, atacaram com “Stormbringer”, seguida de “Might Just Take Your Life”, “Sail Away” e “Mistreated” todas cantadas em uníssono pelo público ávido por mais clássicos. Logo após um interessantíssimo solo de teclado foi a vez de “You Fool No One” que elevou ainda mais os ânimos da plateia, e foi seguida de “This Time Around”. Então foi a vez do baterista Fernando Escobedo mostrar a que veio, num solo excepcional que agradou demais a todos os presentes e arrancou sinceros elogios do patrão Glenn Hughes.
Holy Man foi ovacionada e particularmente a melhor perfomance vocal de Gleen Hughes (caramba, como canta esse homem!!!). Após “Gettin’ Tighter”, “Smoke on the Water / Georgia on My Mind”, estas com Glenn Hughes apenas nos vocais e o roadie Jimmy no baixo – e “You Keep on Moving” a banda agradeceu e saiu do palco!
Como assim, vem ao Brasil e não vai tocar Burn? Certamente essa era a reação esperada dos músicos para voltar ao palco e fechar com chave de ouro essa apresentação. E seguiram-se “Highway Star” e “Burn”.
Dizer que Glenn Hughes tem total controle da plateia e ponto pacifico, mas a simpatia com que ele trata os seus músicos e todos os presentes deixa muito claro que além de um músico excepcional é um ser humano digno e respeitoso com todos. Certamente será muito bem-vindo nas (muitas) próximas vezes que vier se apresentar por aqui. E olha, ficou um gostinho de quero mais no ar.