Resenha: Confira como foi o 17º Dalborga Fest na Casinha

A 17ª edição do Dalborga Fest – Full Extreme Edition aconteceu no dia 06 de outubro em Curitiba. A ideia principal da edição foi apostar em grupos de vanguarda dentro da música e da anti-música local. O local escolhido foi a Casinha, que tem uma estrutura completamente intimista para shows da cultura underground.

Dalborga, que dá o nome ao festival, é uma banda que tem seu som definido como Noisecore. Eles estrearam ao vivo em fevereiro de 2011 e tem dois EPs lançados em formato digital até o momento. Segundo o vocalista, Clóvis Roman, a banda tem o objetivo de trabalhar o experimentalismo e a independência ter suas músicas criadas em cima do palco, durante o show. “A ideia é soar caótico, fora do tempo, urros e gritaria desenfreada. É anti-música. A gente nem grindcore é, somos um grupo de noise. Ainda quero tornar ainda mais barulhento no futuro.”, disse Clóvis.

Dalborga. Fotografia Angela Missawa.

A irreverência e a liberdade tomam conta do show em um âmbito sonoro de não reproduzir o belo esteticamente, mas ir pelo caminho contrário. “Meu foco é na estética sonora mesmo. Me atrai muito o barulho, o incomum, aquilo que não é convencional. Discos ruins me atraem bastante. Tem um disco do Lou Reed chamado Metal Machine Music, que nem música é, só barulhos eletrônicos e tal. Eu acho fantástico. Então o Dalborga não tem fins de protesto no geral, a pira é mais no som e no barulho. Nos shows eu sempre falo alguma coisa política ou social, um comentário ou protesto, mas o foco não é esse.”, complementou o vocalista.

Dalborga. Fotografia Angela Missawa.

O set list do show foi composto por “Caveira Metal”, “Jesus é Travesty”, “Rio de Janeiro do Meu Saco!”, “FODA-SE”, “Pequenas Igrejas, Grandes Fogueiras”, “Micareta Satanista”, “No Céu Tem Pão?”, “Um Abraço Pra Galera Do Slayer”, “Jhonys”, “Rodolpho Gamer”, “EnPhil Anselmo no cu”, “Maria Padilha”, “Pomba Gira”, “Eu fico desgraçado da minha cabeça”, “Dona Inês Brasil” e o clássico “A Hebe Foi Pra Fita”.

O encerramento do festival ficou a cargo de Cassandra. O duo de baixo e bateria manteve o clima caótico, mas seguindo uma linha diferente da banda anterior. O som foi extremamente denso e lento.

Cassandra. Fotografia Angela Missawa.
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