Resenha: Coletânea Roadie Metal Vol. 6 – Um coquetel de experiências

Um dos trabalhos mais difíceis de um resenhista é avaliar uma coletânea. Se essa coletânea tiver 34 bandas dos mais variados estilos o trabalho fica mais difícil ainda!

Se por um lado a audição é um grande prazer para quem gosta de garimpar novas bandas, para quem tem que avaliar é um exercício ingrato. A vontade é de destrinchar uma a uma para não cometer injustiças. Só que isso tornaria o texto maçante para quem o lê. Assim resta sempre aquela alternativa que todo resenhista utiliza: destacar aquelas bandas que mais lhe chamaram a atenção porque a qualidade salta aos olhos ou porque ela faz parte de um estilo que faz pertinente à suas preferências.

Sendo coerente com minhas posições, não poderia afirmar que o Volume 6 tenha superado o Volume 5, pois se dei nota máxima ao anterior não poderia deixar de repetir a avaliação para este novo trabalho. Repetindo um comentário que usei na conclusão do Volume 5, afirmo: como não avaliar com nota máxima um trabalho que traz à baila mais de três dezenas do novas bandas?

Se são boas ou ruins, é algo muito pessoal. O que pode ser bom aos seus ouvidos pode não ser aos ouvidos de outrem. Tudo é uma questão de identificação. As coletâneas Roadie Metal fazem o papel de uma feira de novos produtos onde o consumidor de cultura musical escolhe aquilo que mais lhe agrada. É como se fosse uma degustação para conquistar seu paladar, só que neste caso, o alvo é sua audição.

E nesse “Feirão de Rock” eu passei reto numa bancada onde haviam Maverick, Shallrise, Supersonic Brewer, Apple Sin e All 7 Days. Não por serem  ruins, muito pelo contrário! Por serem boas e por eu já conhecê-las o suficiente. Coisa de quem garimpa novos sons há anos.

Em minha cesta de boas novidades, eu coloquei Project Black Pantera, The Goths, Magnética, Dramma e um tal de Jäilbäit. Essa última me despertou muita curiosidade com sua faixa “Do You Wanna Be A Rockstar?”, e aproveitando que eu havia ganho de presente seu primeiro e único álbum, passei-o na frente dos outros e botei pra ouvir. E que surpresa agradável!

Vinda da improvável Paripueira/AL, essa banda que tem apenas três anos de estrada me conquistou com seu Rock and Roll na linha Mötörhead. Só por esta descoberta a coletânea já teria valido a pena.

Voltando à coletânea, é importante frisar a participação da já consagrada Torture Squad, que se não é nenhuma novidade, serve de chamariz e empresta toda sua credibilidade para mostrar àqueles poucos que ainda tinham alguma dúvida a respeito da importância da Roadie Metal no atual cenário roqueiro do país.

Gleison Junior, o homem por trás da Roadie, sonhou um dia em ter ser nome cravado no panteão das personalidades mais importantes e influentes do cenário metálico brasileiro. O sonho aconteceu e só nos resta aplaudi-lo de pé.

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Lista de faixas:
CD 1:
01 – Dramma: Sombra da Solidão
02 – M-19: Southern Brave
03 – Vorgok: Kill Them Dead
04 – Shallrise: Follows His Quest
05 – Supersonic Brewer: Trapped In An Hourglass
06 – All 7 Days: Ensign of War
07 – Magnética: Os Magnéticos
08 – InCarne: Good Morning, Humans
09 – Ceiffador: Anjo Infernal
10 – Firegun: What’s The Reason?
11 – Lethal Accords: I Have A Dream
12 – Deviation: Like I Said
13 – Terrorsphere: Terror Squad
14 – Crucify: Rise Up
15 – Rising: Hexencraft
16 – Evil Minds: War
17 – Steel Soldier: Messenger of Souls

CD 2:
01 – Torture Squad: No Escape From Hell
02 – Maverick: Upsidown
03 – The Goths: The Death
04 – Project Black Pantera: Boto Pra Fuder
05 – Apple Sin: Another Day
06 – Black Triad: Dream On
07 – AirTrain: Back To War
08 – Cracked Skull: fascism
09 – Dekapto: Financiando A Própria Morte
10 – Blue Lotus: Rat Game
11 0 Kyballium: Sea of Illusions
12 – ÁS: Warrior
13 – Bloodfire: Save The World From War
14 – Lascia: Jealousy
15 – Universe: The Dreams Does Not End Here
16 – Oblivious Machine: Echos of Insanity
17 – Jäilbäit: Do You Wanna Be A Rockstar?

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