A banda paulistana Chromeskull, formada em 2017, lançou oficialmente seu álbum de estreia, intitulado Screaming to the World, em 20 de julho, de forma independente. Apesar de ser um álbum de estreia, completo, não é exatamente a primeira experiência de estúdio da banda, um avez que ao longo desses últimos 6 anos, já foram lançados um EP, intitulado Deads Shall Rise (2019) e dois singles, “Screams In The Night” (2019) e You Burn In Hell (2021), este último sendo considerado o marco zero na carreira da banda por norteá-los através de uma reformulação estética e sonora. Screaming to the World, de acordo com abanda foi composto e meticulosamente trabalhado ao longo de mais de um ano, sendo representado por uma jornada épica através de riffs poderosos e letras impactantes. E ao ser ouvido é exatamente isso que percebemos, sem tirar nem por. O álbum começou a ser escrito no final de 2021, passando primeiramente pelo renomado Estúdio Fillipe Stress, em São Paulo/SP, sob a produção de Fillipe Stress, que também se responsabilizou pela mixagem e masterização, finalizando as gravações já neste ano.
Sonoramente, Screaming to the World é uma mescla do mais puro e visceral hard n’heavy, uma explosão de sons pesados e fortemente despejados em nossos ouvidos de forma quase insana. Os 5 elementos que gravaram o álbum, Aquiles Jeronimo (vocais), Leonardo Gonçalves (guitarra), Carlo Leonello (guitarra), Lucas Soares (baixo) e Fillipe Stress (bateria) esbanjaram energia, mas de uma forma organizada e no mais alto grau de profissionalismo, demonstrando uma capacidade monstruosa de construir canções no mínimo arrebatadoras, daquelas que se torna impossível permanecer incólume, levando o ouvinte a inevitavelmente bater cabeça de forma acintosa e desenfreada, através de suas 8 canções. Até o visual dos músicos e pensado nos detalhes. A arte da capa é assinada pelo renomado artista brasileiro Márcio Aranha, que expressa perfeitamente a temática e a energia presentes nas canções, como que complementando a experiência oferecida pela banda.

A audição começa pela faixa introdutória “Now and Forever”, ao som de um xilofone, que desencadeia num riff sinfônico que se avoluma para anunciar a primeira canção, de fato, “Night Witch”, um glam metal encorpado e intenso, que nos brinda com um louco solo incendiário. “Drive Me Insane” já se inicia destilando um som guitarrístico e acelerado. A canção se desenvolve num ritmo mais clássico e rápido com suas guitarras no talo o tempo todo, de forma “insana”, se você entendeu a referência. “Fast N’Wild”, que vem a seguir é daquelas canções que te transportam diretamente para a Los Angeles dos anos 80, quando o hard glam fervilhava pelas esquinas da Cidade do Pecado. É um encontro direto musicalmente com bandas do tipo Mötley Crüe e afins. E pra curar o frenesi do que se acabou de ouvir, nada como quebrar o andamento da audição e isso se faz com uma balada ou semi-balada, certo? Então temos “Love is for Fools”, uma semi-balada encorpada e bela, posicionada para se recuperar o fôlego enquanto ainda se bate cabeça, ao seu ritmo pulsante. Um belo solo ainda nos agracia pela audição. “Another Day to Fight” chega em seguida, abrindo na mesma linha, enganando o ouvinte, que espera por mais uma canção lenta. Ledo engano, porque aqui está uma música extremamente nervosa, louca, explosiva, afinal quando se fala em um dia para se lutar, o som tem que mostrar que lutar é uma forma de sobreviver, não é mesmo? E mais um solo incendiário nos joga para o alto e nos sacoleja até não sobrar mais quase nada de nós, de tanto bater cabeça. “Dog Soldiers” é talvez a mais energética do play, com um peso gigante e um refrão intenso, que curiosamente desacelera em relação ao ritmo geral, de uma forma bem interessante. Com vocais a la Paul Stanley, e guitarras no talo com diversos mimi solos distribuídos, a faixa é expert em nos inflar, gritar seu refrão e banguear indiscriminadamente. A faixa-título foi a responsável de dar minutos finais à audição. “Screaming to the World” é um daqueles arrasa-quarteirão que existem pra não deixar ninguém parado. A mais pesada do play. Um solo magnífico nos faz ficar de boca aberta. A música só tem um único defeito. Se você leu direito o que eu disse há algumas frases atrás vai perceber qual é. Exatamente, aqui se encerra a audição do play, o que é uma pena, porque é tudo tão forte, coeso, penetrante, visceral, que ninguém iria reclamar se tivesse mais umas duas ou três canções.
Uma frase do material publicitário da banda sobre Screaming to the World me chama à atenção e me faz pensar. O material diz: “O álbum traz à tona a essência do Hard/ Heavy Metal tradicional em sua forma mais crua e genuína”. Isso chama à atenção porque, geralmente material publicitário é feito para fazer a gente consumir e normalmente há um certo exagero nisso. Porém, essa frase simples resume perfeitamente tudo, absolutamente tudo o que a banda entrega, sem tirar nem por. É a mais pura verdade. Os músicos são excelentes, as canções são soberbas, um autêntico álbum de Hard N’Heavy pra curtir quantas vezes quiser. O maior destaque é sem dúvidas o trabalho de guitarras com diversos solos inspirados e insanos, sem soarem repetitivos. Então fica aqui o meu conselho. Assim que terminar sua audição da última faixa, recoloque na primeira e ouça tudo outra vez, e de novo, e de novo, e de novo.
Confira abaixo o álbum Screaming to the World, da banda paulistana Chromeskull. Ah, um último conselho. Guarde bem este nome, porque essa turma ainda nos dará muitas alegrais no futuro!!!

Data de Lançamento: 20/07/2023
Gravadora: Independente
Formação:
Aquiles Jeronimo (vocais)
Leonardo Gonçalves (guitarra)
Carlo Leonello (guitarra)
Lucas Soares (baixo)
Fillipe Stress (bateria)
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