Resenha: Breakout – Burning Lights (2017)

Renovar com certeza é palavra de ordem da nova cara do Metal nacional, e não poderia ser diferente para a banda Breakout e seu vigoroso e potente álbum “Burning Lights”, lançado em primeiro de julho deste ano pelo selo Kill Again Records e que merece um favorável destaque nos grandes lançamentos da cena nacional.

A banda remanescente de Mauá, grande São Paulo, traz em sua formação Fabs Nocte na guitarra, Carlos Butler no baixo, Lucas Borges no comando dos tambores e pratos e, segurem as calças marmanjos, pois a mulherada vem dominando as linhas de frente do Metal BR, puxando o grito de guerra traz Maíra Oliveira nos vocais.

O álbum que se inicia como um chute na cara, veloz e determinado, não hesita em dar o recado com “Eyes of Evil” que traz um instrumental extremamente bem alinhado com linhas vocais eletrizantes e um destaque para as viradas da bateria que marca um ritmo contagiante. Seguindo a linha, “Amnesia” mantém a vibração, algo que me remete as apresentações ao vivo da banda, uma sensação de sons do passado. Pois é caros leitores, nossas bandas seguem fluindo no mais alto nível NWOBHM. Ou seria NWOTHM? Afinal esta nova parcela do estilo parece estar ganhando vida própria em nível mundial e nossas bandas integram este encarte, prova disso é a conexão sem limites que tem levado nossos músicos a ouvidos longínquos, certamente isto é um reflexo muito considerável no crescimento, nossa cena tem desbravado novos territórios.

Voltemos ao que interessa e agora nas faixas “Come On” e “Schizophrenia”, e vamos falar de headbanger para headbanger, que sonzeras incríveis! Se você não se sentir instigado a sair do sofá e agitar sinceramente não sei mais o que o fará. Outro destaque muito grande é o crescimento da banda em matéria de composição, não por se tratar de letras com grandes diferenciais mas por melodias diferenciadas daquele costumeiro hábito, e volto a mencionar que por um instante chegamos a desacreditar que a banda pisa em solo brasileiro.

Agora se tem um som deste trabalho que me chamou a atenção é “Waves of Anger”. Tenho acompanhado muitas bandas com vocais femininos e se tem uma coisa que me agrada são vocais limpos, os tempos de agudos estralados ou guturais beirando a “ogrisse” parecem ter sido deixados de lado, finalmente! Maíra apesar de muito jovem possui um estilo único e apesar de um desatino aqui e outro ali ainda assim é muito agradável aos ouvidos. Seriam estes novos tempos para as mulheres no vocal? Eu espero que sim!

“Nothing to Lose” e “Choose Your Side” nos aproximam do final do álbum dignamente, até aqui o clima se manteve intacto, envolvente, recheado de sons bem trabalhados, mas um detalhe que vem me entristecendo nos novos lançamentos da cena nacional e se repete aqui, são apenas oito faixas, e apesar de muitos considerarem um tempo mediano para um trabalho eu infelizmente considero pouquíssimo, mas vale ressaltar que apesar de poucas músicas todas são grandes sons o que o torna um excelente trabalho, um tiro certeiro da banda.

Despedimos-nos em “Don’t Call It Luck”, com aquela pegada “a La Iron Maiden” fechando o álbum na instiga por mais.

A banda segue com datas marcadas:

Faixas:

01. Eyes of Evil
02. Amnesia
03. Come On
04. Schizophrenia
05. Waves of Anger
06. Nothing to Lose
07. Choose Your Side
08. Don’t Call It Luck

Membros da banda:

Maíra Oliveira – vocal
Fabs Nocte – guitarra
Carlos Butler – baixo
Lucas Borges – bateria

Conheça a banda:
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