Resenha: Breaking Benjamin – Ember (2018)

Esta é uma resenha imparcial. Porque às vezes é bom resenhar sobre a banda que você gosta pra caralho. Ainda mais quando ela agrada seus fãs com um novo álbum depois de três anos de espera. Em seu sexto álbum de estúdio, os americanos do Breaking Benjamin atingem a maturidade musical completa dentro do estilo que escolheram seguir. Aliás, isto é um fator que vem trazendo popularidade para a banda e angariando inúmeros fãs ao redor do mundo.

Eu sou fã dos caras desde Lifer, banda anterior ao surgimento de Breaking Benjamin. E fico feliz que com o surgimento do Breaking Benjamin, a banda tenha encontrado sua identidade e melhorado muito nos últimos anos. Houve problemas com formação, houve claro, mas o frontman, Benjamin Burnley, continuou firme e forte e convicto que conseguiria conquista o mercado mundial.

E Ember? Ember é foda. Muito mais pesado que os trabalhos anteriores, possui uma agressividade de enervar os ouvintes misturado com melodias apaixonantes, riffs e distorções na medida certa. Acredito que o único defeito do novo trabalho foram as posições entre a segunda e terceira faixa. Deveriam iniciar de forma inversa.

Ember inicia com uma pequena intro instrumental que vem seguida de “Feed the Wolf”, faixa com riffs pesadíssimos, refrões intensos e guturais surpreendentes que se misturam muito bem com o melódico timbre de Burnley. Logo após, temos a faixa que para mim deveria abrir o disco: “Red Cold River” é absurdamente intensa e mostra como o Breaking Benjamin melhorou muito em relação aos últimos trabalhos.

Com composições mais maduras e com ambientações mais obscuras, tanto nos vídeos como nos materiais promocionais, Ember nos apresenta mais três ótimas músicas: “Tourniquet”, “Psycho” com sua entrada estilo Walk do Pantera, e a ‘balada’ “The Dark of You, linda música que dá um respiro para a segunda parte do trabalho.

Depois do descanso, temos “Down” faixa que mantém o padrão dark do trabalho e onde Burnley desenvolve bastante sua competência vocal. Para mim, a mais fraca do trabalho. A sorte é que ela vem acompanhada da melhor música do disco, o que faz essa percepção diminuir um pouco. “Torn in Two” é a essência do Breaking Benjamin. É a faixa que mais apresenta a identidade única que faz da banda este sucesso enorme ultimamente.

E para fechar (infelizmente) este excelente disco, temos a ótima “Blood” que tem referências claras aos primeiros trabalhos da banda, “Save Yourself” que fecha, junto com a lindíssima “Close Your Eyes”, o disco em grande estilo. Duas grandes músicas que poderiam inclusive substituir “Down” na ordem de importância. E foi isso. Depois de uma espera de três anos, o Breaking Benjamin volta com tudo, com um disco intocável, beirando a perfeição, amadurecidos como banda e prontos para alcançar patamares ainda maiores.

Formação:
Benjamin Burnley (vocal e guitarra);
Keith Wallen (guitarra e backing vocal);
Jasen Rauch (guitarra);
Aaron Bruch (baixo);
Shaun Foist (bateria)

Faixas:
01. Lyra
02. Feed The Wolf
03. Red Cold River
04. Tourniquet
05. Psycho
06. The Dark of You
07. Down
08. Torn in Two
09. Blood
10. Save Yourself
11. Close Your Eyes
12. Vega

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