Enfim, chegou a última parte da trilogia proposta por Blaze Bayley, Infinite Entanglement, a história daquele que foi escolhido a ser o primeiro a viver por mil anos e descobrir os segredos do universo, William Black. “The Redemption of William Black” é a terceira parte, onde o foco é a redenção do personagem.
A história é muito interessante e poderia muito bem virar um filme, é bastante original e quem compreende o idioma inglês pode facilmente entender o conto. Musicalmente, os dois primeiros álbuns foram muito competentes, com um Heavy Metal muito bem tocado pela banda de apoio, Absolva.
Neste álbum temos mais músicas curtas, com uma pegada bem tradicional de Blaze na sua fase no Maiden, com aquela energia pra cima, com vocais sempre emocionantes. As três primeiras faixas mostram bem isso, “Redeemer” conta com riffs impressionantes e abre o álbum com maestria, seguida da curta, mas épica “Are You Here“, que tem um ótimo trabalho das guitarras em contraste com a voz do vocalista. “Immortal One” começa com uma narração sombria que logo dá lugar a ótimos riffs, um refrão pegajoso, marca registrada da trilogia, além da bateria destruindo nos pedais duplos. Trinca sensacional para abri o álbum.
“The First True Sign” dá uma leve quebrada no ritmo, mas mantém o alto nível. Já “Human Eyes” apresenta uma intro acústica com muito feeling, mixada com a voz emocionante e muito competente de Blaze. Começa como uma ótima balada, mas ao longo da faixa vai crescendo e se torna poderosa, sem dúvidas uma das melhores do álbum.
O primeiro single foi “Prayers Of Light“, que conta com a participação de Chris Jericho do Fozzy e Luke Appleton do Absolva e Iced Earth, é uma grande faixa com um refrão poderoso.
“18 Days” é outra grande faixa, tem um dueto entre Blaze e Liz Owen, atriz e cantora, que ficou muito bem encaixado. Seus riffs e solos ficaram muito bem feitos também, deve agradar fãs do Metal mais tradicional.
A próxima é “Already Won“, uma faixa com os vocais levemente arrastados, sempre com bastante feeling, o riff do refrão é muito bom, acompanhado de versos grudentos mais uma vez. A faixa acústica desse álbum é “Life Goes On“, diferentemente dos dois primeiros álbuns, essa é apenas parcialmente, com sua metade final mais pesada e rápida, com instrumentos plugados. Lembra vagamente “Eating Lies” do álbum anterior.
“The Dark Side of Black” é nostálgica, impossível não se lembrar de faixas da fase do Maiden, como “Futureal” e “Man On The Edge“, a performce de Blaze é mais uma vez impecável. Grande destaque do disco.
Fechando o álbum, temos a épica “Eagle Spirit“, que se inicia com uma narração com clima de encerramento, aqui a história de William Black se finaliza, com uma faixa cheia de momentos emocionantes e performances incríveis de todos os músicos. Destaque mais uma vez para o ótimo refrão e o solo de guitarra após o segundo refrão lotado de feeling.
Pra quem ainda tem um pé atrás com o vocalista, precisa rever seus conceitos depois desses últimos três álbuns, o amadurecimento de Blaze como compositor subiu incrivelmente, o feeling que ele passa com sua voz é espetacular e a banda Absolva é muito competente, resultando em uma combinação perfeita. A produção é divina e tudo é muito audível claramente, tendo destaque para todos os instrumentos e sons harmônicos em todas as faixas.
Além de ser um cara simplesmente nota 10, Blaze também se mostra um grande música, que não depende de nada da sua fase na Donzela pra mostrar que é super competente no que faz, merce o respeito de todos dentro do mundo da música. Que venham mais álbuns em um futuro próximo para que possamos desfrutar de boa música mais uma vez.
Formação:
Blaze Bayley (vocal);
Chris Appleton (vocal de apoio, guitarra, coral);
Karl Schramm (vocal de apoio, baixo, coral);
Martin McNee (bateria, percussão).
Faixas:
01 – Redeemer
02 – Are You Here
03 – Immortal One
04 – The First True Sign
05 – Human Eyes
06 – Prayer Of Light
07 – 18 Days
08 – Already Won
09 – Life Goes On
10 – The Dark Side Of Black
11 – Eagle Spirit