Nos últimos anos podemos presenciar a crescente onda do ocult heavy/ doom metal, com incorporações de feeling setentistas e requintes de psicodelia. São muitos os representantes tais como: Ghost, Blood Ceremony, The Devil’s Blood entre outras bandas que tem tornado essa sonoridade tão popular. Entre esses representantes podemos incluir os brasileiros da Black Witch, oriundos de Mossoró/RN. A banda formada em 2015, já lançou o EP, Aware ,e o full, Solve Et Coagula, alvo dessa resenha.

Lançado no dia 20 de outubro de 2016, Solve Et Coagula,   que é um princípio básico das transformações dos metais e da química e que também pode ser entendido como um princípio da própria transmutação da natureza do homem através do conhecimento, possui uma densidade sonora e filosófica que prende o ouvinte em um ritual psicodélico, com seus riffs sujos e hipnóticos. A técnica vocal, aguda, de Lorena Rocha casa perfeitamente com o som, tornando-o mais sombrio, alias cada letra versa sobre ocultismo, influencias das obras do mago Aleister Crowley.

As faixas são bem coesas e funcionam bem em sequencia. Algumas vezes senti falta de ousadia, ficando uma sensação que falta algo para os diferenciarem, para criar uma identidade.  Destaques do álbum ficam para “The Serpent and The Dove” e “Salem”, faixa que já apareceu no EP Aware, de 2015 e “Sitra Ahra” que saiu como vídeo oficial .

A arte da capa é bem simples, mas com profundidade mística, no encarte encontramos as letras e na contra capa, uma nova possibilidade de capa principal, se você não gostou de uma, é só trocar pela outra, proposta bem interessante.

Confira e viaje pela sabática experiencia da psicodelia do Doom ocult.

black-witch

Faixas

1. Solve
2. Necromancer
3. Summerian Tongues
4.Eyes Inside
5.The Serpent and the Dove
6.Salem
7.Chapter XIII – “Necromancy”
8.Tzoklin
9.Sitra Ahra
10.Coagula

Formação

Jorge Luiz (Baixo)
Fred Nunes (Bateria)
Rafaum Costa (Guitarra)
Lorena Rocha (Vocal)

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