Resenha: “Barril de Pólvora” (2018)

Que o estado das Minas Gerais é um celeiro no que diz respeito ao surgimento da bandas não é segredo para ninguém. E o mais impressionante é que a fonte parece não dar indícios de secar tão cedo. É o que prova a banda tema das linhas que seguem.

O Barril de Pólvora tem suas origens no ano de 2005, e depois de 13 anos, em março desse ano, o grupo nos presenteia com seu trabalho de estreia. O auto intitulado CD teve o produtor Rodrigo Garcia assinando os trabalhos. A produção não é nenhum primor, mas considerando ser um álbum de estreia, está bem acima da média. Ponto positivo nesse requisito.

A arte gráfica é outro ponto de destaque. Uma capa que retrata bem o caos e um encarte simples, mas muito bem elaborado. As letras são cantadas em português, trazendo um conteúdo lírico diversificado, abordando temas como amor ao Heavy Metal, críticas, a burocracia instalada em nosso país e metáforas, levando o ouvinte a parar um pouco, e refletir sobre a atualidade que vivemos.

Devido ao tempo de estrada, a turma composta por Flávio Drager (vocais), Emerson Martins (guitarras), Saulo Santos (baixo) e Alexis Bomfin (bateria) mostra-se bastante entrosada. A proposta musical é bem interessante. De cara, temos o bom e velho Metal tradicional com as faixas “O Som do Trovão” e “Muito Papel pra Pouca Solução”. Ai começam as surpresas. “Inércia” traz um excelente blues, daqueles que ficam impregnados na sua cabeça. “Tocando no Inferno” é um Hard Rock simples e direto. O Heavy Metal volta com “Loucuras, Sonhos e Delírios”, enquanto a veia Blues retorna com “Blues da Saudade”. Essa sem dúvidas, um dos pontos mais agradáveis do CD, juntamente com a faixa título “Barril de Pólvora”. Um Heavy Metal poderoso, daqueles que te fazem bater cabeça na hora. O álbum se encerra com a instrumental e introspectiva “Tempestade”, e é aqui, ao meu ver, o ponto negativo do trabalho. Não que ela seja uma faixa ruim, muito pelo contrário. Mas se ela tivesse sido encaixada ali na metade do CD, teria um melhor destaque.

No resumo da ópera, “Barril de Pólvora” é um dos melhores lançamentos desse ano. Fica a certeza que estamos diante de um excelente grupo e de que muitas coisas boas ainda haverão de ocorrer com essa turma. Parabéns!

Formação:
Flávio Dragger (vocal)
Emerson Martins (guitarras)
Saulo Santos (baixo)
Alexis Bomfim (bateria)

Faixas:
01. O Som do Trovão
02. Muito Papel pra Pouca Solução
03. Inércia
04. Tocando no Inferno
05. Loucuras, Sonhos e Delírios
06. Blues da Saudade
07. Barril de Pólvora
08. Tempestade

Contatos:
https://www.facebook.com/bandabarrildepolvora/
Assessoria de Imprensa

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