Resenha: Balba – Heart Abstract

O rock em todas as suas vertentes é admirável, esse estilo propagado no mundo todo é com certeza o mais completo, nele podemos encontrar as mais lindas melodias nas mais pesadas expressões, porem o ponto culminante da grandeza dessa musica que se divide em inúmeros estilos dentro do gênero, é sem duvida o sentimento. O que seria da arte sem a paixão? Esta que sentimos latente no peito, emoções muitas vezes contida por nosso palpitante e expressivo CORAÇÃO. E é através desta ótica que a banda carioca BALBA vislumbra o abstrato de sua obra.

A banda lançou em 2013 um álbum repleto de composições coesas e maduras o HEART ABSTRACT. A capa do disco é excelente e traz vários corações (a forma figurada deles), em varias cores e posições fixados num mesmo ponto, o resultado é uma imagem muito bonita e criativa, no plano de fundo pode-se notar a imagem de um coração real, uma forma “poética” que descreve com bastante ênfase o titulo do álbum.

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No encarte (que por sinal é também muito bem feito), temos logo na primeira pagina um texto bem legal:

“O coração é um músculo oco que bombeia o sangue através dos vasos sanguíneos por repetidas contrações rítmica (…) sabemos que o nosso coração é ainda mais do que isso (…)

Depois de uma pequena reflexão entre o “palpitar” e o abstrato, o texto termina assim:

(…) “você está pronto para assumir as mudanças? Você está preparado para construir sua própria história? Será que vai te levar para um final feliz?”

 

O disco abre com a descritiva A HEART TO UNFOLD, o baixo da musica é muito bem marcado e dá um ar peculiar a canção, o clima me lembrou em parte a banda MUSE, a letra do refrão é bem peculiar também:

“Eu sinto que minha alma está esfarelando, Mas não vou deixar você levar todos aqueles sonhos de mim.”

No inicio de 2014 foi feito um ótimo videoclipe para essa musica e vale muito a pena apreciar. A produção do vídeo ficou por conta da Digi2Filmes e varias das cenas foram gravadas no Saloon 79, em Botafogo no Rio de Janeiro.

O clima do álbum segue um padrão muito bem planejado e rock, a linha da escrita é bem ponderada e agrada públicos variados. Podemos notar influencias de peso nas composições, entre elas, Oasis e até mesmo The Doors.

O que engrandece a obra é o fato do disco decorrer sem ser chato ou maçante, pois é muito bem divido entre climas e ritmos.

Uma faixa muito bonita é a FOOL IN LOVE, quem nunca se sentiu um tolo em relação ao amor?  A abordagem da musica é muito discreta e traz um violão marcante, a linha vocal chama muita a atenção e nos transporta para momentos nostálgicos, a narrativa é muito bem feita com falsetes bem colocados que se encaixam perfeitamente no clima, destaque também para a guitarra presente durante o canto.

Minha favorita é a forte SET MY MIND FREE, com climas pesados e teclados climáticos essa musica é extremamente rock, na verdade posso dizer que em certo ponto ela beira um heavy metal devido sua amplitude e pegada.

O disco decorre muito bem tocado e não deixa “a bola cair” em momento algum, mostrando uma banda integra que merece desbravar os horizontes em busca de “ares” estrangeiros, alias a Balba já é tocada em rádios FM de Berlin, Londres, Boston e até na Ucrânia.

Destaque também para as faixas MA CHÉRE MARIE (que em certo momento me lembrou os MUTANTES), WITH YOU e BALBA SONG.

INTEGRANTES:

  • Dig Obadia
  • Lou Conut
  • Dan J
  • Dav Obadia

balba_band

Musicas:

01 – A Heart to Unfold
02 – Deirdre Kelly
03 – Western Girl
04 – Fool in Love
05 – Let it Flow
06 – Set My Mind Free
07 – Minds Apart
08 – Can’t Get What You Want
09 – Ma Chère Marie
10 – That Dance
11 – With You
12 – Balba Song

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