Resenha: Bala - Maleza (2021)

Quatro anos após o “Lume”, no próximo dia 14 de maio (sexta-feira), o duo feminino Bala, oriundo da Espanha, mais especificamente da Galícia, irá lançar o “Maleza”, seu terceiro trabalho em estúdio, sendo esse o primeiro em nome da gravadora Century Media Records.

Em comparação aos trabalhos anteriores, a Bala já apresenta um diferencial no novo trabalho que é a questão dos idiomas utilizados nas canções. Enquanto o “Human Flesh” foi feito todo em inglês, e o “Lume” foi feito metade em inglês e metade em espanhol, o “Maleza” vem com nove faixas, sendo seis em espanhol, duas em inglês e uma em galego (língua também falada na Galícia).

Já sonoramente, o “Maleza” não se diferencia muito dos seus antecessores, apresentando um Rock sujo e pesado, tendo influências que vão do Stoner até o Punk, e do Thrash Metal até o Grunge, sendo um tipo de som difícil de rotular, o que é ótimo, pois traz uma característica própria as músicas da banda.

Inclusive, uma característica bastante comum em duos como a Bala é uma mixagem mais crua e suja, o que é acentuado ainda mais com os fortes vocais tanto da Anxela quanto da Violeta, principalmente os da guitarrista que se utiliza de um vocal mais berrado.

Já na faixa de abertura “Agitar”, a Bala já chega metendo o pé na porta com uma música forte e enérgica. Seguido das frenéticas “Hoy No” e “X”, sendo a segunda uma das únicas faixas em inglês, sendo essa completamente cantada pela baterista Violeta Mosquera.

As garotas também optaram por colocar faixas que começam “baixas”, e que vão crescendo ao seu decorrer, como por exemplo a “Mi Orden” e a “Quieres Entrar”, mas sempre tendo grandes picos quando chega nos momentos mais intensos das músicas.

Fora isso, a faixa do “Maleza” que mais se diferencia é a “Bessie”, que é a segunda música do álbum em inglês, mas que é instrumental em 90% do tempo, tendo uma letra bem curta apenas no seu final.

Com isso, de uma forma simples e rápida, a Bala entregou um álbum bastante consistente, intenso e instigante. Um trabalho capaz de agradar gregos e troianos, passando longe de ser cansativo e deixando um gostinho de “quero mais”.

Nota: 9