Banda curitibana formada por Juliano Ribeiro (baixo, vocal e membro do Semblant), Henrique Bertol (guitarra) e Celso Costa (bateria) em meados de 2015, logo após o termino do Necropsya (banda na qual Henrique e Celso tocavam). Bom, os caras quiseram continuar fazendo música juntos e logo após encontrarem um baixista começaram a trabalhar em algumas composições, com a intenção de fazer música pesada e sem rodeios!
“Prime Time Murder” é o primeiro trabalho dos caras e ele tem uma pegada Stoner, com uma sonoridade meio suja e um pouco densa, bastante Groove e elementos que abrangem desde o Heavy Metal clássico aos primórdios do Thrash.
O álbum é composto por 8 faixas, numa abordagem bem direta e orgânica (fazendo jus á arte da capa que é assinada por Allan de Angeles) que transmite uma atmosfera de jam, performance ao vivo. A grande sacada da banda em abordar essa sonoridade, além de reverenciar as grandes bandas dos clássicos anos 70, torna sua música e sua performance mais próxima do ouvinte.
A dinâmica do álbum é outra característica á se destacar, alcançando momentos de bastante energia e agressividade, assim como outros de pura cadência e melancolia.
“D.O.A” abre o álbum num andamento cadenciado e cheio de groove. Com um ótimo refrão e uma energia bem underground.
A intro pesada de “Deceiver” cria uma tensão que prepara o ouvinte para algo mais agressivo, bem na pegada de “Rapid Fire”(Judas Priest), desembocando num Speed Thrash sem perder o groove e os refrãos melodiosos. Destaque para as ótimas linhas vocais e performance de Juliano Ribeiro.
O peso se mantém em “Vicious” de uma forma mais amena, soando um pouco alternativo e com uma boa dose de agressividade.
A ótima “Gone Wrong” poderia estar em um dos álbuns clássicos do Metallica (daquela época que as pessoas falam que o Metallica ainda era o Metallica delas), seja pela alternância de riffs distorcidos e dedilhados na guitarra ou pelas linhas vocais mais graves e introspectivas.
Essa característica introspectiva é escancarada em “22”, faixa instrumental que destoa sonoramente das outras, mas que mantém a premissa de jam setentista. Há o DNA da música brasileira em seus arranjos.
Outra faixa excelente e que saiu primeiramente como single é “Trouble”, nos remete de volta ao Stoner enérgico e de riffs grooveados do início do álbum.
A radiofônica “Greed” segue com a energia e qualidade apresentada até aqui e nos conduz para uma das melhores músicas que ouvi esse ano. “River”, uma balada Southern que transborda feeling e encerra de forma melancólica esse grande álbum.
“Prime Time Murder” é o tipo de álbum que deixa o ouvinte no anseio pelo próximo trabalho da banda, que certamente é uma das grandes revelações nacionais de 2017.
Faixas: