Esses caras eram uma das minhas bandas favoritas de Death Metal no início dos anos 90, que são os anos de ouro desse estilo.

O Ep ‘Fiend for Blood’ foi quem me apresentou para esses americanos, e foi um belo cartão de visitas, ainda mais por contar com excepcional Steve DiGiorgio no baixo. Dali em diante só aumentou a expectativa por mais avalanches sonoras.

Eles lançam o tijolo ‘Acts of the Unspeakable” já em 1992 e o bom ‘Shitfun’ em 1995, e em seguida encerram as atividades só retornando em 2009.

Outros tempos, novas influências, são quase 15 anos o que não é pouca coisa. Mas o importante é estavam de volta.

E aquela velha expectativa por coisas acima da média voltou.

Entre os lançamentos pós 2009 acho o álbum ‘Macabre Eternal’ de 2011, bom. Mas bem inferior aos clássicos.

Mas não desisti de esperar por um grande disco do Autopsy nesse novo século principalmente por causa do show que tive o privilégio de assistir em 2012 aqui em São Paulo (foto). Foi uma aula de destruição, músicos coesos e com muita vontade no palco.

Mas não foi ainda dessa vez com esse ‘Puncturing The Grotesque’. O EP tem bons momentos como a intensa ‘Corpses at War’, mas eu espero muito mais das guitarras de Danny Coralles e Eric Cutler, e do destruidor de bumbos, o grande Chris Reifert. A mescla entre um death metal intenso com um thrash oitentista (com bases a lá ‘Kill ‘em All) é uma mistura corajosa, mas não pode ser repetitiva, ainda mais em um EP de curta duração.

Como fã e por ter vivido a grande fase desses ícones do Death Metal, sou exigente, porém paciente também. Espero ansiosamente o próximo passo dessa grande banda, que não pode se limitar em um único parâmetro. São bons demais para isso.

Autopsy:

Chris Reifert (bateria/vocal)

Eric Cutler   (Guitarra)

Danny Coralles (Guitarra)

Joe Trevisano (baixo)

Faixas:

  1. Depths of Dehumanization
  2. Puncturing the Grotesque
  3. The Sick Get Sicker
  4. Gas Mask Lust
  5. Corpses at War
  6. Gorecrow
  7. Fuck You!!! (Bloodbath Cover)
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