Temos o sexto álbuns dos veteranos do ASSASSIN, banda alemã oriunda da cidade de Düsseldorf, formada em 1982, com o nome de SATANICA, mas que em 1984, adotou o nome atual. Os caras se mantiveram na ativa até o ano de 1989, quando tiveram seus equipamentos roubados e encerraram as atividades simplesmente por não dispor de dinheiro para fazer a reposição dos mesmos. Para a alegria dos amantes de Thrash Metal, eles retornaram em 2002 e “Bestia Immundis” já é o quarto lançamento desde o retorno,.
O quinteto lançou este petardo no dia 7 de fevereiro, dando fim ao hiato de quatro anos entre seu antecessor “Combate Cathedral”. Em sua formação está o guitarrista Frank Blackfire, conhecido dos headbangers brasileiros. Ele, que tocou no KREATOR,possui ligação com nosso país, pois já morou por aqui, teve uma banda, o MYSTIC e inclusive tem uma filha brasileira,
Colocando a bolacha para rolar, temos uma agradável surpresa: riffs rápidos, precisos e brutais dão as caras em “The Swamp Thing”. É a escola alemã que nunca decepciona em uma música com raras mudanças de andamento, abrindo muito bem a obra.
“Hoch Much Can I Take” é bem moderna, mas sem perder a pegada Thrash. No refrão, temos a impressão de que estamos ouvindo alguma banda de Metalcore, mas ainda bem que esse é só um pequeno lapso nesta música, que no restante de sua extensão nos lembra bastante o TESTAMENT.
Em “No More Lies” as influências do TESTAMENT se mostram ainda mais evidentes, sobretudo no refrão, mais atmosférico e grudento. No decorrer das estrofes, temos muito peso e as palhetadas ditando os rumos.
“Not Like You!” tem partes Thrash, Core e até influências punks, tudo muito bem dosado e o que é melhor: bem tocado e muito bem caprichado, enquanto que “The Wall” é crua, direta e reta e mais uma vez as palhetadas vão desbravando os caminhos que a banda percorre.
“Hell Work is Done” é violenta e veloz, e como uma banda alemã de Thrash Metal, esta nos remete ao KREATOR dos tempos de “Extreme Aggressions”. É a música que mais me chamou atenção no play, não que as outras sejam ruins e realmente não são, mas essa aqui é um ponto fora da curva, de tão boa. Desafie seu pescoço ao tocar essa faixa.
“The killing Light” tem uma ótima intro com dedilhados de violão que nos fazem erroneamente pensar que na hora da prensagem, a gravadora colocou uma música que não fosse da banda. Mas logo logo entra as guitarras Thrash Metal e a quebradeira toma conta do negócio até o fim, em outra excelente faixa.
Em “Shark Attack” temos mais influências punk no baixo que abre a faixa e logo tudo descamba para a velocidade absurda, com destaque para os solos e aqui me vem a cabeça o SODOM. É óbvio, dirá o leitor, pois se trata da escola alemã. E você está certo. É bom frisar que quando eu cito alguma semelhança com determinada banda, não estou querendo dizer que os caras copiaram, até porque, eles colocam o seu estilo, mesclando com suas influências.
“War Song” é música para o banger entrar no mosh sem se preocupar com o futuro e ela é bem reta em seus pouco mais de 3 minutos de extensão.
A parte final é dividida em duas partes, com o mesmo título: “Chemtrails (Part 1)” é uma instrumental com pouco mais de 2 minutos, com riffs pesados e um clima que flerta com o Gothic/Atmospheric, que soa em algum momento repetitivo, mas logo a parte 2 chega com seus riffs matadores e fecha com chave de ouro este disco muito bom.
Temos em 49 minutos cravados um disco pesado, moderno sem ser chato como algumas bandas contemporâneas. A produção beira a perfeição e todos os instrumentos são perfeitamente audíveis, o que enriquece muito a audição. Enfim, 2020 mal começou, mas temos ai um sério candidato a estrelar as listas de melhores discos do ano. Recomendado aos que curtem palhetadas rápidas e certeiras.
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Data de lançamento: 07/02/2020
Gravadora: Massacre Records
Tracklisting:
01 – The Swamp Thing
02 – Hoch Much I Can Take
03 – No More Lies
04 – Not Like You!
05 – The Wall
06 – Hell’s Work Done
07 – The Killing Light
08 – Shark Attack
09 – War Song
10 – Chemtrails (Part 1)
11 – Chemtrails (Part 2)
Lineup:
Ingo Bajonczak – Vocal
Jürgen Scholz – Guitarra
Frank Blackfire – Guitarra
Joachim Kremer – Baixo
Björn Sondermann – Bateria