A besta da escuridão Arvas trago a vida em Bergen, Noruega, está de volta ao jogo com um novo álbum, Equanimity, que está sendo lançado hoje, primeiro de novembro, dia de todos os santos, pela Satanic Art Media.
Agora distantes do passado como Örth, a formação original surgida em 1993 como um projeto do multi-instrumentista V-Rex, eles ainda levariam três anos antes que o baterista do Borknagar, Erik Brødreskift(conhecido como Grim), e o baixista do Gorgoroth, Ronny Hovland(conhecido como Ares) se juntassem à banda. Eles gravaram um álbum no inverno de 1996 intitulado Nocturno Inferno que não foi lançado naquela época para a tristeza de muitos fãs mas que saiu posteriormente em 2017 pela Satanic Art Media.
A banda ainda passaria por uma tempestade em 1999 quando Grim de suicidou e V-Rex decidiu continuar como um projeto solo mudando o nome da banda, mas das cinzas á ressurreição, e duas gravações demos seguiram a história, “Countless Souls at Dawn” e “I Am Thy Grief” além de uma compilação com o Hordagaard intitulado Dawn of Satan/Uncle Satan que foi lançado pela Azermedoth Records.
O primeiro álbum oficial da banda, “Blessed from Below…Ad Sathanas Noctum”, foi lançado posteriormente em 2010 de forma independente e o segundo “Into the Realm of the Occult” foi lançado em novembro de 2013 pelo selo italiano ATMF Records e seguido em março de 2015 pelo “Black Satanic Mysticism” pela Aeternitas Tenebrarum Music Foundation.
Arvas compartilhou o palco com bandas como Throne Of Cartasis, Urgehal, Dauden, 1349, Mongo Ninja e Nocturnal Breed, e em março de 2013 a banda excursionou pelos países do leste europeu apoiando o Deicide em sua ‘End Of The World Tour’.
O quarto álbum da banda, “Black Path”, foi lançado em 24 de março de 2017 pela Mighty Music e agora um novo esforço é apresentado e o público estava ansioso por isso. Muitos aqui na Noruega pudemos ver o quando está banda se reinventou e em palco apenas avança com a supremacia de quem entende o jogo.
Eu pude acompanhar algumas poucas performances deles durante os últimos meses, incluindo com banda Flukt e eu custo a entender o porque está banda ainda não se consolidou em algo maior.
De qualquer forma passamos ao álbum com uma arte de capa mais simples sobre a natureza cálida e uma instrumentação acústica acompanhada de teclados abrindo o ritual em “Andante Noire“, uma introdução etérea e envolvente antes de queimar a primeira entrega em “Thoughts in Despair“. Arvas é um projeto interessante, ao mesmo tempo que levanta o som satânico ao saboreio do ouvinte a banda também insere apetitosas linhas nervosas de death e thrash metal, então não se surpreenda se você não for um apreciador do metal negro e mesmo assim sentir apreciação por Arvas.
Esta é uma banda com rendição completa ao gênero, soando dilacerante em sua áurea negra com sussurros, gritos cavernosos e guitarras hipsnotizantes até melodias em contra-tempo que se sobrepõem a identidade única que V-Rex incorpora. Faixas como “Wastelands” e “Perception and Visions” irão fritar os seus neurônios enquanto outras como “My Devil” e “Carven” oferecem instantes lentos e passagens cortantes arremessando o ouvinte a obscuridade do metal raivoso de Arvas.
“Cursed by the Trident” é outra faixa pulsante com um trabalho de bateria e guitarras tão ardentes quanto o próprio inferno. Igualmente justa “Times Gone” sobe a frente um batalhão sonoro que contrapõe o título da faixa, isso está longe de ser música para “crianças” caro senhores(as), Arvas está apenas servindo um prato suculento aqui e ainda fechará com “Masked Jackal“, um tributo honroso a banda Coroner.
Fechamos a audição de “Equanimity” tentados a querer mais, este não é um álbum longo e totalmente distante de se tornar massivo. Arvas continua mantendo o seu reinado negro e representado no melhor que o Black Metal norueguês tem a oferecer.
Nota: 9/10
Track listing
1 – Andante Noire (Intro)
2 – Thoughts in Despair
3 – Wastelands
4 – Perception and Visions
5 – Cursed by the Trident
6 – Carven
7 – My Devil
8 – The Horned One
9 – Times Gone
10 – Masked Jackal
Membros da banda
Estúdio:
V-Rex – Guitarras, Baixo, Bateria, Teclados e Vocais
Ao vivo:
V-Rex – Guitarras e Vocal
Jarl I Brynhildsvoll – Baixo
Kristoffer Lunden – Bateria
Roald – Guitarra rítmica