Resenha: Amaranthe – Manifest (2020)

Nessa última sexta-feira (02/10), a banda sueca Amaranthe lançou oficialmente através da Nuclear Blast Records seu sexto álbum de estúdio intitulado “Manifest”, sucedendo o “Hélix” de 2018, sendo também o segundo a contar com Nils Molin nos vocais masculinos limpo.

Além disso, esse também foi o primeiro trabalho do grupo após assinarem com a Nuclear Blast.

E sem muitas delongas, até porque não há muito o que se apresentar, o que podemos falar do “Manifest”?

Bom, falando com a propriedade de quem acompanha e curte o Amaranthe desde o seu primeiro álbum homônimo, digo que esse é apenas mais um álbum do Amaranthe em meio a sua ainda curta discografia.

E por que eu digo isso? Porque o “Manifest” não apresenta absolutamente nada de diferente em relação aos seus álbuns anteriores, eles seguem fazendo a linha do “Metal Moderno” com forte uso de sintetizadores, misturado com o peso de guitarras, a voz mais puxada para o Pop da Elize Ryd, a qual soa bem harmônico quando juntada com o timbre de voz de Nills Molin, tendo também a brutalidade do gutural de Henrik Englund.

E tudo isso que mencionei é percebido também nos trabalhos anteriores da banda, com a única diferença referente a mudança de dois vocalista durante esse processo, sendo a mais significativa a saída de Andy Solvestrom após o “The Nexus” para a entrada de Englund, que tem um gutural menos estrondoso do que seu antecessor. Nem mesmo a saída de Jake E para a entrada de Nills Molin após o “Maximalism” acabou sendo um grande diferencial.

Isso significa que o “Manifest” é ruim?

Não exatamente, pois para quem já é fã da banda, o álbum traz exatamente aquilo que eles já estão acostumados, então esses seguiram ouvindo o Amaranthe e curtindo o seu som, já os que torcem o nariz para a junção que eles fazem do Metal com um som mais Pop (que é realmente um grande diferencial no som deles) continuarão torcendo o nariz.

A única faixa onde eles tentam mostrar algo mais diferente é a “Boom!”, onde eles colocaram um toque “Rap” nas partes de Henrik Englund, juntando com um “breakdown” de guitarra, elemento esse usado pelo grupo pela primeira vez (e que foi utilizado de novo brevemente em “Die and Wake Up”).

Outra coisa uma pouco mais diferente identificada foi a participação mais destacada de Nills Molin nas faixas “Boom!” e “Do or Die” (que na versão oficial não conta com a ex-vocalista do Arch Enemy Angela Gossow, que aparece no clipe da música liberado pela banda antes mesmo do novo álbum ser anunciado). E isso interessante de ser ressaltado, pois em 99% das músicas do Amaranthe a Elize recebe um destaque maior.

Aliás, vale ressaltar a repaginada que é dada em “Do or Die” na versão do álbum, pois no clipe com a Angela Gossow a única a dividir os vocais com a ex-Arch Enemy é a Elize Ryd, enquanto na nova versão Ryd virou coadjuvante, enquanto Nills e Englund apareceram mais.

Em “Strong” temos a participação especial da vocalista Noora Louhimo, do Battle Beast, cujo timbre de voz é tão parecido com o da Elize, que aqueles desavisados facilmente iriam confundir com a vocalista feminina do Amaranthe,

No mais, o “Manifest” apresente o famoso “mais do mesmo”, mas ainda assim não deixa de divertir os seus fãs.

Nota: 8

Amarante – Manifest
Data de lançamento: 02 de outubro de 2020
Gravadora: Nuclear Blast Records

Tracklist

01 Fearless
02 Make It Better
03 Scream My Name
04 Viral
05 Adrenaline
06 Strong (feat Noora Louhimo)
07 The Game
08 Crystalline
09 Archangel
10 Boom!
11 Die and Wake Up
12 Do or Die

Formação

Elize Ryd – vocal feminino
Nills Molin – vocal limpo masculino
Henrik Englund – vocal gutural
Olof Mörck – guitarra e teclado
Johan Andreassen – baixo
Morten Lowe – bateria

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