Resenha: Alice In Chains – Rainier Fog (2018)

O ALICE IN CHAINS lançou no último dia 26, seu novo play, o terceiro com o vocalista William Duval, que já alcançou o mesmo número de discos gravados pelo seu antecessor, Layne Stanley. E o sucessor de ‘The Devil Put Dinossaurs Here‘ se mostra um excelente disco.

A banda, é umas das únicas do movimento grunge de Seattle que continuam firme na ativa, juntamente com o Pearl Jam. Porém, se a banda de Eddie vedder meio que se perdeu depois de meados da década passada, com o AIC aconteceu justamente o contrário, a banda mantém a sua pegada Rock.

Em ‘Rainier Fog’, você encontra de tudo um pouco: músicas com andamento mais rápido, outras com aquele andamento bem típico da banda, tudo isso sem jamais deixar de lado o peso das guitarras de Jerry Cantrell, um sujeito que faz tudo com competência: belo compositor, um guitarrista de mão cheia e quando canta, o faz muito bem, além dos demais músicos que o acompanha, que fizeram mais um excelente trabalho!

E aqui, o peso se faz presente. As três primeiras músicas abrem bem o disco: ‘The One You Know‘, ‘Rainier Fog‘ (a faixa é em homenagem a cena de Seattle) e ‘Red Giant’ são músicas fortes, cada uma com sua peculiaridade: a primeira com aquele riff que nos faz pensar que estamos em um filme de suspense e com um refrão atmosférico, a segunda com uma guitarra simplesmente poderosa e a terceira foi escolhida pelo redator como a melhor do disco, dado o peso de sua guitarra.

‘Fly’ dá sequência ao play num ritmo mais cadenciado, não chega a ser uma balada, e tem suas qualidades, enquanto que ‘Drone‘ traz na intro aquela influência setentista, que se faz presente ao longo da carreira da banda. Nesta faixa, temos a participação do ex-guitarrista do QUEENSRYCHE, Chris DeGarmo, tocando violão.

Deaf Ears Blind Eyes‘ vem e aqui você pensa que está ouvindo qualquer um dos álbuns da banda dos anos 90, com aquela pegada atmosférica, muito boa. Maybe é na mesma linha de Fly, um pouco mais cadenciada, com a diferença de ter o andamento mais rápido no refrão, também uma faixa acima da média.

Fechando o álbum, temos a tríade com ‘So Far Under‘ trazendo peso e aquele clima setentista ao som, coisa que o AIC faz muito bem; ‘Never Fade‘ é uma das minhas favoritas deste álbum, com um andamento bem mais rápido e o trabalho da cozinha nesta faixa é sensacional, bem como em todo o disco, mas aqui é o ponto alto dos caras; E ‘All I Am‘ fecha o disco com um clima bem down, a única música que fica um pouco abaixo das demais do álbum

Boa parte do álbum foi gravado no rebatizado Studio X, que antes chamava-se Bad Animals Studio, onde a banda gravou seu álbum auto-intitulado, em 1995, que seria também o último registro da banda com Layne nos vocais e foi produzido por Nick Raskulimecz, que pela terceira vez seguida trabalha com a banda. O título do álbum remete ao famoso vulcão do Parque Nacional Mount Riner, que pode ser visto de toda a região metropolitana de Seattle.

Enfim, um álbum bem interessante. Não é um novo Dirt ou um Facelift, mas um álbum que te fará escutar e curtir bastante. Tudo aqui é bem caprichado, produção, composições, execução. Eu cresci ouvindo que o AIC é a mais metal das bandas do movimento grunge de Seattle, mas aqui você terá 53 minutos de Rock and Roll com muita qualidade e sem rótulos.

Track list:

  1. The one You Know
  2. Rainier Fog
  3. Red Giant
  4. Fly
  5. Drone
  6. Deaf Ears Blind Eyes
  7. Maybe
  8. So far Under
  9. Never fade
  10. All i Am

Formação:

Jerry Cantrell – Vocal/ guitarra solo

William DuVall – Vocal/ guitarra base e solo na faixa “So Far Under”

Mike Inez – Baixo

Sean Kinnery – Bateria

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