Antes de eu começar essa resenha, vou voltar um pouco no tempo para outubro de 2020, onde a banda recifense Acervo, após mais ou menos 1 anos de paralisação nas atividades, lançou seu novo EP intitulado “Submergir/Emergir”, onde nele, o grupo oriundo do bairro da Iputinga, zona oeste do Recife, apresentou duas músicas com a temática sobre a depressão, um dos maiores problemas que vem levado muitas pessoas a morte na geração atual.
No EP e questão, a banda mostrou uma sonoridade completamente diferente daquela apresentada no “Atordoado”, seu EP de estréia, tendo abandonado o peso e os fortes drives vocais, tendo agora um som mais calmo, e cadenciado, encaixando principalmente com a temática, que é bastante delicada.
Após isso, em março desse ano, a banda lançou novamente o EP com as mesmas músicas, mas agora em uma versão acústica, o que deixou as faixas com ainda mais com o “feeling” mais forte.
A nova versão de “Submergir” ficou ainda mais melancólica com o novo ritmo, e a nova cadência, e o vocal de Tiago Fagundes ainda conseguiu adicionar mais esse sentimento, que já era bem forte na versão elétrica.
Na versão elétrica, pra fazer um contra-ponto a primeira faixa, a “Emergir” já tem um “feeling” mais positivista, mas ainda com a mesma pegada da anterior. Por conta do primeiro detalhe, a unica coisa que diferenciou a primeira versão da segundo foram os instrumentos, e um pouco do andamento, de resto, ficaram bastante equivalentes.
E claro, não posso deixar de mencionar a melhora na questão da produção e mixagem, pois foi uma coisa que acabou deixando a desejar na versão elétrica.
Sendo assim, a Acervo mostra um bom exemplo de como setem versáteis com as próprias criações.
Acervo – Submergir/Emergir Acústico
Data de lançamento: 15 de março de 2020
Gravadora: Independente
Tracklist
01 Submergir
02 Emergir
Formação
Tiago Fagundes – vocal
Luiz Miqueli – violão
Thyago Lobo – violão
Emmanoel Melo – baixo
Vítor Lima – cajon
Pablo Lins – violão e percussão
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9/10