A veterana banda alemã de heavy metal Accept, liderada pelo guitarrista Wolf Hoffmann, único remanscente da formação original, lançou no último dia 29 de janeiro de 2021 “Too Mean to Die”, seu décimo sexto álbum de estúdio, sucessor do “The Rise of Chaos” (2017), pela Nuclear Blast. Pela sexta vez com os vocais de Mark Tornillo, o álbum, traz duas estreias em estúdio, o baixista Mark Motnik assumiu o lugar do veterano Peter Baltes e o guitarrista Philip Shouse foi incluído, mudando assim a formação da banda, que passa a ser um sexteto, com 3 guitarras.
Produzido por Andy Sneap, “Too Mean to Die” traz onze faixas cheias de energia. O trabalho em si não tão brilhante, eu diria até certo ponto meio burocrático, mas isso não significa que seja ruim. A sonoridade está, digamos, está um pouco menos pesada, indo mais para o chamado hard n’heavy. Há muitas melodias pesadas, claro, riffs enérgicos, solos eletrizantes, vocais raivosos, enfim todos os ingredientes que fazem um grande álbum. Porém, muitas das canções soam parecidas, lineares e isso pode acabar sendo um pouco cansativo, mas engana-se quem pensa que o trabalho é chato, muito pelo contrário. Os momentos de bater cabeça são muitos, fazendo valer a audição.
“Zombie Apocalypse”, lançada recentemente como single, abre os trabalhos. A música é boa, tem um início arrastado, pendendo pro lado mais épico e em seguida explode. Porém, acredito que a faixa de abertura poderia ser outra, com um pouco mais de peso e energia. “Too Mean to Die”, a faixa-título vem na sequência, no mesmo ritmo que a primeira e também lançada como single, sem acrescentar muito. “Overnight Sensation” dá uma quebrada no ritmo, com uma levada mais hard rock. “No One’s Master”, a quarta faixa volta a dar mais peso ao trabalho, mais próxima do metal clássico, com um solo maravilhoso, uma das melhores do play.
“The Undertaker” destaca-se pelo andamento marcheado, marcado pela bateria. É também uma canção bem pesada, sendo o primeiro single lançado. “Sucks to be You” é outra faixa que pende para o lado do hard rock. Em seguida temos “Symphony of Pain” com seu início eletrizante. Aqui está uma música que serviria melhor como faixa de abertura, pois é rápida, enérgica e pesada. Amei o solo desta música, que inclui um pequeno trecho da 5ª Sinfonia de Bethoven. “The Best Is Yet to Come” é a única balada do novo álbum, e diga-se de passagem uma linda música, emocional e profunda. Outro destaque.
Com “How do we Sleep” chegamos a parte final da audição. Um belo metal clássico, épico na medida certa, feito pra bater cabeça. Outro grande destaque. “Not my Problem” abre com um belo riff. Mais um classic metal dos bons e um solo cheio de energia. A faixa final “Samson and Delilah” é a cereja do bolo. Uma faixa instrumental muito bem executada.
O Accept dos idos tempos já navegou por estes mares, menos intensos, mais levados ao som do hard oitentista. Como já mencionei, no geral não é daqueles arrasa quarteirão, mas também não fica devendo. A banda entregou um trabalho digno, que vai agradar os ouvidos de fãs menos ardentes, por assim dizer. “Too Mean to Die” não compromete a discografia.
Nota 8
Tracklist:
01. “Zombie Apocalypse” (05:35)
02. “Too Mean to Die” (04:21)
03. “Overnight Sensation” (04:24)
04. “No One’s Master (04:10)
05. “The Undertaker” (05:37)
06. “Sucks to Be You” (04:05)
07. “Symphony of Pain” (04:39)
08. “The Best Is Yet to Come” (04:47)
09. “How do we Sleep” (05:41)
10. “Noy my Problem” (04:21)
11. “Samson and Delilah” (04:31)
Formação:
Mark Tornillo (vocais)
Wolf Hoffmann (guitarra solo)
Uwe Lulis (guitarra base)
Philip Shouse (terceira guitarra)
Martin Motnik (baixo)
Christopher Williams (bateria)
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