Resenha: A Red Nightmare – A Red Nightmare (2014)

Formada em 2010 na cidade de Belém (PA), A Red Nightmare se consolidou como uma das principais bandas da efervescente cena paraense após participar do tradicional “Ensaio Aberto Ná Figueredo” em novembro do mesmo ano e lançar em 2011 sua primeira demo e, em 2013, a single “Enemy”, trabalho que foi referenciado até pelo site grego Metal Temple. A banda então entrou em estúdio pra trabalhar no álbum de estreia.

Gravado em 2014 nos estúdios The Coven, que pertence à banda e no estúdio “Ná Music”, com produção da própria banda, mixagem e masterização de Adair Daufembach, “A Red Nightmare” tem uma qualidade sonora excelente, com uma banda entrosada e ótimas faixas.

O álbum abre com “Demigod”, que serve como um cartão de visita pra quem não conhece a banda, deixando bem evidente a mistura de Death Metal com Thrash e com um lado de modernidade que impressiona. E o massacre sonoro segue de forma brutal e técnica: “Hedonist”, “Lobotomedia”, “Bane”, “Enemy”, todas são destaques de um álbum que prima pela qualidade lá em cima.

O play fecha com “A Red Nightmare”, faixa dividida em três partes. A música é perfeita e coloca a banda no mesmo nível de qualquer formação nacional. Alternando momentos de velocidade e fúria, essa faixa é o grande destaque do álbum.

Há de se destacar o trabalho dos guitarrista Igor Sampaio e Vinicius Carvalho, que entregam com riffs e solos perfeitos, além da brutal “cozinha”, com o baterista Luciano Câmara e o baixista Marcos Saraiva que esbanjam técnica em todo o CD.

Já o vocalista Leon Ferreira merece um parágrafo à parte; dono de um vocal rugido e de uma técnica excepcional, já tem tudo pra está no nível dos melhores vocalista do Brasil.

O CD ainda vem com três faixas bônus: “Earth’s Revenge”, “Koloniale Raubwirstschaft” e “While Someone Has Drowsiness”, que mantêm o nível do álbum lá em cima.