Pride of Lions: Ouça o novo álbum “Lion Heart”

Não tem como falar de Pride of Lions sem antes falar sobre seu criador, o incansável e inigualável Jim Peterik, pra mim, o pai do AOR. O veterano músico que nos brindou com a criação do Survivor – quem nunca cantarolou “Eye of the Tiger”, o tema de Rock Balboa, e “Burning Heart”, que atire a primeira pedra – e que desde então continua fazendo sucesso com outros artistas, fez para si um nome que necessariamente mantem viva a chama do Rock Melódico oitentista, sem soar como uma repetição daquela era. Só ele mesmo pra conseguir fazer isso com tamanha habilidade e destreza.

Bem, dito isso, vamos ao Pride of Lions, afinal de contas, este é o nome que corresponde atualmente ao já referido mestre. Um dos maiores trunfos deste novo projeto de Peterik (não tão novo assim, logicamente, afinal foi formado em 2003 e já tem 6 álbuns) atende pelo nome de Toby Hitchcock. Esse rapaz é dono de uma das mais belas vozes da atualidade. Só pra se ter uma ideia, podemos colocá-lo no mesmo patamar que o saudoso gênio vocal Jimi Jamison, o mais querido vocalista do Survivor, de Jim Peterik, claro, bem como Bobby Kimball (Toto) e Lou Gramm (Foregner), apenas para citar alguns. Para esta redatora que vos escreve, ouvir Hitchcock nos faz matar um pouco da saudade de Jimi Jamison. Ouvir esse rapaz ao acompanhamento das guitarras e teclados de Jim Peterik é algo mágico e único, uma catarse emocional. Só por esses dois motivos já vale a pena você desejar ouvir o Pride of Lions. Neste novo álbum, a dupla conta com um time de feras: Mike Aquino (guitarra), Klem Hayes (baixo), Christian Cullen (teclados) e Ed Breckenfeld (bateria).

Bem, após o sucesso de “Fearless”, lançado em 2017, a trupe volta a nos brindar com mais um excelente trabalho, lançado pela gravadora italiana Frontiers Music. E, então eu pergunto, o que se pode esperar de “Lion Heart”, o novo álbum do Pride of Lions”, lançado pela Frontiers Music, em 06 de outubro? Se você é um amante do Melodic Rock/AOR, tenho certeza que você vai curtir cada uma das 12 faixas deste lançamento. Tudo o que você espera ouvir está lá, belas melodias cativantes, mudanças harmônicas, teclados arrasadores, guitarras cantantes, refrões pegajosos, enfim tudo mesmo, sem exagero. Fica até difícil destacar algo do trabalho, pois todas as canções são muito bem escritas e lindamente executadas. Mas, enfim, vou dar a minha opinião pessoal e escolher as minhas preferidas. “Lion Heart”, a faixa título, que traz o filho de Jim, Collin Peterik, na bateria e Kevin Campbell, no baixo. Uma faixa perfeita para abrir o álbum, grandiosa por natureza. Além dela, eu destaco a oitava faixa “Flagship”, uma canção irresistivelmente adorável, com belo refrão, e “Now”, a faixa de encerramento, facilmente candidata a hino AOR. Ela inicia de forma mais lenta, como uma balada e vai crescendo, até atingir seu ápice com um solo delicioso.

Bem, Jim Peterik, Toby Hitchcock e companhia sabem exatamente o que fazer e entregaram mais um trabalho grandioso, melódico, harmônico, gigante, que vai fazer você entrar na sua capsula do tempo, ou no seu DeLorean, e voltar no tempo, aos anos 80, mais precisamente. Mesmo assim, você vai perceber que algo está diferente. Isso acontece porque o som vintage praticado aqui é uma lembrança do passado, porque é acima de tudo um trabalho moderno, o velho traje de gala costurado num tecido novinho em folha. Palmas para o senhor Jim Peterik!!!!!!!!!!!