O canadense de Calgary, Stephen Moore, é o nome por trás do projeto solo Post Death Soundtrack. Nele, o artista, além de compor e lançar trabalhos, mostra sua evolução como compositor, principalmente em se tratando da sonoridade. Inquieto, ele não se repete e isso fica claro na transição de seu disco anterior para este.
“Veil Lifter”, de 2024, é um álbum de doom metal/grunge que alcançou destaque nas paradas de sucesso Doom Charts, Metal Devastation Radio e reconhecimento em várias listas de fim de ano de “Melhores de 2024”. Mesmo precisando manter esse sarrafo lá no alto, Moore não está preocupado em repetir a fórmula.
A prova disso está em seu mais novo trabalho, este álbum intitulado “IN ALL MY NIGHTMARES I AM ALONE”. Trata-se de um trabalho com novos motes e direcionamentos, sem perder a identidade da banda. Inclusive o ouvinte irá encontrar alguns elementos do doom, grunge, mas como meros detalhes.
O foco em “IN ALL MY NIGHTMARES I AM ALONE” é o industrial, gótico e alternativo que, em vários momentos, se entrelaçam nas composições e em outros casos pedem passagem para assumir o protagonismo. Tudo isso mostrado em 30 faixas (!) onde músicas e interlúdios são distribuídos em pouco mais de 1 hora e meia.
O primeiro destaque fica para o gótico industrial “Good Time Slow Jam (In All My Nightmares I Am Alone)”, com seu andar cadenciado e guitarras ao fundo que fazem cama para sintetizadores que simulam o lado horrorífico da coisa, mostrando a aura sombria do trabalho.
O outro destaque vem logo em seguida, trata-se da faixa “A Monolith Of Alarms”, que traz mais peso e consistência, com um darkwave metalizado de tirar o chapéu. Mesmo soando nostálgica, a música prima por trazer uma roupagem que faz com que ela não soe datada.
Não tem como não destacar “Final Days” e sua veia horror punk mesclada a rockabilly, pois além da qualidade em si, a composição mostra a versatilidade do Post Death Soundtrack.
Eis que somos pegos por algo surpreendente, pois da metade em diante, “IN ALL MY NIGHTMARES I AM ALONE” se apresenta com elementos acústicos, soando ainda mais sombrio e, claro, mais orgânico. Faixas como “Surrender” e “Start This Over” são composições magistrais. Porém, destacar apenas algumas em um álbum longo e de tracklist tão abrangente é de uma injustiça tremenda. Logo, tire um tempinho e aprecie essa mais nova obra-prima do Post Death Soundtrack.
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