Tomasz Bieroń, com seu filho, Filip, que dão vida ao Transgalactica. Os poloneses lançaram o primeiro álbum do projeto, “Better Angels”, em 2023. O Tansgalactica tem um som único. Apenas duas peças são acompanhadas por bateria ou percussão, pois Tomasz acreditava que dessa forma conseguiria encaixar mais efeitos harmônicos e tonais em detrimento do ritmo.
Eles lançaram mais de dez composições neste ano, porém atendendo ao mercado e à nova forma de consumir música, trabalhando em singles. Sempre trilhando os caminhos do rock progressivo e com letras que promovem a visão de salvação do mundo apresentada pelo psicólogo de Harvard, Steven Pinker.
Steven Arthur Pinker é um psicólogo e linguista canadense naturalizado norte-americano. Ele é professor da Universidade Harvard e escritor de livros de divulgação científica. Embora suas ideias causem controvérsia no mundo acadêmico e desagradem aos que atribuem ao Divino, através da alma, o funcionamento da mente humana, Pinker propõe que mente e cérebro estão em direta e constante relação e que a mente não é o cérebro, mas o que o cérebro faz e nem tudo que este faz.
Mas isso é somente algumas partes das teses e pesquisas de Pinker, já que o debate sobre suas teorias pode ser ainda mais amplo. E eles também não se prendem a isso, já que neste mais novo single, vão além.
“Joyce Of The Market” é a música mais pessoal do Transgalactica até agora, afinal um dos integrantes morou em Dublin. É uma homenagem ao sucesso econômico da Irlanda moderna, apresentada como uma história paralela da Irlanda e da Polônia. O trocadilho no título sugere que o povo irlandês “endureceu” (tanto na pronúncia quanto na vida) sua “atormentada” Joyce nas alegrias do mercado.
Musicalmente continuam trilhando esse caminho pedregoso do rock progressivo com um trabalho de sintetizadores de vanguarda, enquanto as guitarras continuam fazendo seu papel de forma discreta.
A música utiliza dois temas do hino nacional irlandês transpostos de maior para menor. Eles também pegam uma reverência a “The Lamia”, do Genesis com a passagem de quintas, e a “Perfect Strangers”, do Deep Purple, na parte rock da segunda estrofe.
Mas, não imagina que temos algo remendado, pelo contrário, a faixa traz algo bem particular, e é interessante notar como ela prima por dar ênfase aos vocais, afinal de contas, com uma letra deste tipo é importante compreendê-la. No final, estamos diante de uma faixa atemporal, que pode ser atípica, exigir um pouco pra ser digerida, mas vale muito à pena conferir!
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