Músicos e bandas não são clubes de futebol com respectivas rixas entre torcidas.
Infelizmente é cada vez mais comum quando, numa matéria sobre o Black Sabbath, por exemplo, certos comentários nada a ver começam a aparecer, tais como:
– “Dio canta muito mais que Ozzy…” ou “Ozzy é a imagem do Sabbath e Dio não dá nem pro cheiro…”
Ou, em matérias sobre uma turnê do Maiden:
– “os álbuns com Paul são melhores que os álbuns com Bruce…” ou “Bruce soterra Paul…”
Ou, como vi, numa resenha do último álbum do Metallica, sendo que o assunto nem era o Megadeth… no entanto, surgiram comentários como:
– “esse álbum do Metallica é ridículo mediante ao último do Megadeth…”
E aí… iniciaram-se brigas sem fim com fãs do Metallica x fãs do Megadeth.
Fãs da primeira formação do Sepultura xingando fãs do Sepultura atual. O mesmo com relação ao Angra.
Outro dia, li um aburdo numa matéria sobre a saída de Anette Olzon do Nightwish, onde uma garota comentou:
– “ainda bem que essa gorda que não canta nada, foi chutada de vez…”
Vejam o nível que a coisa chega.
Fora as brigas entre os vários estilos do Metal como:
– Black x Death
– Heavy x Thrash
– Tradicional x Progressive Metal
– White metal x Black Metal
Enfim…
Percebo que, de uns tempos pra cá, essas “rixas” têm crescido absurdamente, de modo que os comentários em matérias de bandas viraram verdadeiros ringues regados a ofensas de todos os lados.
E a grande pergunta é:
– essa atitude leva a quê?
Lugar algum, é claro!
É nesse momento que devemos questionar:
– a cena do Metal nacional praticamente respira por aparelhos e ainda observamos um número de fãs cada vez mais infantilizados.
Agora, o mais engraçado…
– não se vê muito isso em públicos de outros estilos musicais.
O que será que leva o público do Metal a, cada vez mais, se comportar dessa forma?
Fica para reflexão de cada um.