A chuva de comentários negativos já era esperada por mim antes mesmo de o trecho da música ser publicado. Me pergunto sinceramente que dogmatismo praticamente intocável é esse. Não gostar do timbre da moça é aceitável e perfeitamente normal, afinal de contas, gosto é algo totalmente subjetivo. Mas o ponto aqui é a rejeição de uma parte pelo simples fato de a cantora em questão ter vindo de um outro meio que não o Metal. Dizer que a menina não canta direito ou que “não serve para o estilo” é de uma infantilidade repugnante. A única coisa que não supriu minhas expectativas na participação dela, foi o fato de que a melodia que a entregaram pra ser executada poderia ter explorado um pouco mais o grande potencial que Sandy tem (sim, tem muito) a oferecer.
https://www.youtube.com/watch?v=OuLJg3Ol5HE
Alissa White- Gluzz é um espetáculo em particular, comportando-se como o monstro que é, mostrando de cara a que veio, trazendo todo o peso que a música pede. Fábio está com uma performance excelente, oscilando entre as linhas limpas e o drive, que diga-se de passagem é muito bem-feito. Como nem tudo são flores, um outro ponto negativo aqui é o fato de que o Angra começa a se repetir um pouco no quesito das ideias harmônicas. Se pegarmos o CD anterior e compararmos com o que se tem do atual, há muitas semelhanças no pensamento harmônico (reclamar disso não é a mesma coisa que reclamar do fato de o estilo ter sido preservado). Tecnicamente a banda é impecável como sempre, com solos muito bem executados, embora dando pouca ênfase ao feeling. O que foi “vazado” faz aparentar que esta talvez não venha a ser um ponto de tamanha importância no disco, não um dos trabalhos principais dentro dele. Esperemos pois o que mais há de vir.