Hardcore, Metal e Punk fundamentam o som da banda em voga. A presente descrição textual altruísta é diretamente dedicada aos: disseminadores leitores; dignos fãs; respeitáveis seres em busca de saberes relativos à história do Metal Nacional. O texto a seguir narra o surgimento, desenvolvimento e aprimoramento da banda Oitão ao longo do tempo. Todas as informações contidas na narrativa são constituintes da entrevista, prontamente concedida, realizada com o músico – vocalista – Henrique Fogaça.

O vocalista Fogaça – (foto: Tuco Media)

O guitarrista Ciero – (foto: Tuco Media)

O baixista Ed – (foto: Tuco Media)

O baterista Marcelo BA – (foto: Tuco Media)
Há aproximadamente 10 anos, a banda Oitão iniciava sua jornada no estado de São Paulo. Fogaça (vocal), Ed (baixo), Tadeu (guitarra) e Benê (bateria) deram início ao som que hoje é conhecido como uma das maiores referências nacionais dentro do estilo Hardcore. O nome da banda surgiu num bate-papo realizado após um dos primeiros ensaios, cuja sugestão de um grande amigo encaixou-se perfeitamente à ocasião. Durante o diálogo, os integrantes da banda – até o momento a procura de um nome – depararam-se com o coincidente número 8 presente em datas de aniversários dos músicos e seus familiares. “Nosso amigo Sapão – que estava presente na conversa – percebeu que simultaneamente a gente citou o número 8 como coincidente em datas de aniversários, e então sugeriu: ‘batiza a banda de Oitão’. Achamos muito bacana a ideia e então decidimos adotar o nome”, disse Fogaça. Nome escolhido, músicos entrosados e canções sendo criadas foram os predecessores para concretizar o início das gravações para lançamento do primeiro álbum. Porém, repentinamente, a banda precisou incorporar um novo membro para ocupar o cargo de baterista. O então músico Benê precisou ausentar-se da banda por motivos pessoais, abrindo espaço para que Marcus D’Angelo (Claustrofobia) assumisse as baquetas e somasse muito positivamente com a banda. O primeiro álbum do Oitão – 4º Mundo – foi gravado e lançado no ano de 2009, contando com grande colaboração do mais novo membro da banda, como cita Fogaça: “O Marcão foi fundamental para a banda, pois ele é um músico completo. Tem muita influência dele no primeiro disco do Oitão.”

Capa do álbum “4º Mundo” – Oitão
A banda Claustrofobia estava prestes a realizar uma tour europeia e, consequentemente, Marcus não poderia continuar como baterista do Oitão. Foi então que Monstrinho (Presto) foi convidado para tocar, porém não foi possível sua permanência. “Estava numa convenção de tatuagem com o Ed quando conversamos sobre a possibilidade de convidar o Marcelo BA – atual baterista da banda – para tocar com a gente. Ligamos para ele e na mesma hora conseguimos combinar para começarmos a fazer o som”, contou Fogaça. “Eu já havia tocado junto com ele numa banda chamada Osso”, acrescentou. Os trabalhos tiveram sequência com a gravação do segundo álbum da banda – Pobre Povo – e diversas apresentações em festivais e shows conjuntos com grandes músicos do cenário do Metal e do Punk. O guitarrista Ciero, a convite de Fogaça, substituiu o Tadeu – que por motivos de divergências musicais deixou a banda, – completando assim o time. O mais novo representante das seis cordas possui grandessíssimo valor musical e agregou peso à sonoridade do Oitão, possuindo além dos positivos atributos profissionais, grande apreço recíproco pelos integrantes da banda e valiosas afinidades musicais. “Há um viés no qual me identifico muito com o Ciero: um som mais sujo e pesado – estilo de algumas bandas finlandesas”, disse Fogaça.

Capa do álbum “Pobre Povo” – Oitão
A banda Oitão cria sua sonoridade peculiar com base em estilos variados, dentre os quais predominantemente encontram-se: Hardcore, Punk, Metal – um pouco de levadas de Death Metal ‘groovadas’ – e Rap. Todos os integrantes possuem a mesma faixa etária e consequentemente partilham muitas afinidades no quesito gosto musical. As composições abordam em suas letras a rotina do dia-a-dia, questões políticas e sociais, a miséria, dentre outros temas questionadores. O intuito é sempre sinalizar com indignação fatos retrógrados e diferenças sociais que assolam nosso país. A banda possui um currículo sensacional, contando com participação em grandes festivais e dividindo palco com geniais nomes do Rock mundial. Fogaça conta com entusiasmo as positivas histórias: “Tivemos a oportunidade de tocar ao lado de grandes bandas: Dead Kennedys; Brujeria; Nuclear Assault; Extreme Noise Terror; The Exploited. Participamos do Maximus Festival e tocamos no mesmo palco que Slayer e Hatebreed”. Dando continuidade a esse legado, há previsão de lançamento de um novo disco em meados de 2019 – algumas músicas já estão prontas, – gravação de clipes e realização de tour pela Europa para divulgar ainda mais o trabalho da banda – já que existem convites e grandes possibilidades para execução desse projeto.

Banda Oitão – (foto: Tuco Media)
Repleto de positividade, impulsionado pela energia musical e dotado de reflexão, Henrique Fogaça conclui com maestria: “Posso dizer que sou totalmente realizado na parte musical. Tornei-me quem sou graças ao life style que adquiri por influência da música. Esse fato moldou a forma como encaro as dificuldades, me incentiva a empreender, a não me acomodar, encarar os fatos, questionar, etc. Tive oportunidades muito bacanas de conviver com ídolos, pude conhecer a casa de Joey Ramone – por exemplo, – cozinhei para excelentes músicos e consegui vivenciar momentos inesquecíveis. Tudo o que aconteceu mostrou-me que é possível realizar nossos sonhos trabalhando duro e agindo com honestidade.”
Para conhecer mais sobre a banda, acesse:
https://www.facebook.com/Oitao/
https://www.instagram.com/oitaohc/
Vídeo clipe oficial da música “4º Mundo” (participação especial de Jão – Ratos de Porão):
https://www.youtube.com/watch?v=0PsPZmUepD8