O Nox Machina chega com uma proposta interessante e até inovadora, mas neste último caso nem tanto. O projeto comandado por um músico chamado Roland Barna chega com um trabalho focado no rock, mas que mescla a veia orgânica do realmente tocado com alguns elementos incrementados pela IA, a famigerada inteligência artificial.
E eles chegam com este EP, “Beneth The Surface”, de seis faixas propondo provar que há diferença da “músicas de IA de um clique” ao trabalho que explora a ferramenta como um auxílio. Que bom, pois quanto mais natural e tocado por mãos humanas, melhor. E nota-se bastante organicidade no EP mesmo com sintetizadores bem encaixados.
A primeira música, “Generation-X” é o cartão-de-visitas perfeito para a situação, já que traz praticamente todos os elementos que se incumbem de resumir o EP. Ela transita pelo rock moderno, sem forçar nada, fluindo da melhor forma possível.
Outro destaque já é a faixa seguinte, “Breakdown”, com sua influência do hip-hop, guitarras pesadas e melodias sombrias, irá agradar em cheio a fãs de Linkin Park. Ouça também “Louder tha the lies” e note o quanto o projeto é versátil e pesado, conseguindo fazer com que algo brutal ganhe um bom contexto pop sem soar tendencioso. Belíssimo trabalho!