Para celebrar o trabalho que culminará no segundo álbum da banda finlandesa Stråle, o grupo que conta com seis membros libera agora o single “Resist & Reform”. Fomentada para ampliar a grande gama da cena do metal alternativo, a canção conta com os vocais de ninguém menos que Björn Strid (Soilwork). Além disso, a produção de Teemu Aalto (Insomnium, Omnium Gatherum) e mixagem de Jacob Hansen (Amaranthe, Volbeat, Epica) elevam o nível do álbum a certo esplendor. Com esta curta amostra, a banda confirma com peso e qualidade o seu nome como uma força emergente e agregadora à cena do metal mundial.
Depois do álbum de estreia “Bourbon Souls”, em 2020, cuja mixagem ficou a cargo de Jens Bogren (Opeth, Arch Enemy, Dimmu Borgir), o Stråle passou a procurar dentro da própria banda caminhos que a levassem a terrenos mais rochosos. Dessa maneira, o que podemos extrair daquele full-length são melodias bem trabalhadas e com pegadas lapidadas. Com este tipo de som menos brutal, embora técnico, o grupo conseguiu abrir várias portas para um maior estrelato, inclusive marcando datas em uma turnê com o Orphaned Land. “Resist & Reform”, por conseguinte, apresentando uma banda mais agressiva e pesada, o quantitativo de fãs certamente aumentará.
Com mensagem motivacional – que hoje em dia é uma constante nos temas –, a letra tenta despertar o ouvinte para a não conformidade de viver em um mundo degradado. Na verdade, a mensagem também cobra atitude da sociedade para mudar esse quadro, seja por meio da ação ou da resistência. Com uma construção lírica bastante relevante em seu conteúdo, somada à ótima técnica musical e, aí, abrange a intimidade com os instrumentos, assim como entonações vocais, o Stråle facilmente brindará os seus objetivos em breve. Em um mundo onde o imediatismo é consequência do volume de informações surgidas, essa galera de Helsinki se destaca pelo prendimento de atenção.
Esmiuçando a parte técnica de “Resist & Reform”, notamos que a música começa de maneira intimista, com um riff de guitarra sugerindo um pulsar maior após aquela tímida introdução. A pancada toma forma com o pronunciamento do nome da música logo em seguida. Talvez isso fosse inconsciente, mas estrategicamente muitas bandas hoje em dia começam suas músicas pelo refrão, como forma de prenderem o ouvinte. Enfim, aqui isso não interessa, o legal é sentir o peso das guitarras trabalhando junto aos climas criados pelos teclados e um som robusto emanando do baixo, que deixa tudo elegante. Música excelente!
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