Novo single de Niels Rahder, “Pipedream Zero” é uma ode ao movimento punk/oi!

Embora o dinamarquês Niels Rahder tenha lançado um álbum em 2016 chamado “The Vasa Sesions”, além de Eps e singles posteriormente, a impressão que se tem é que o músico foge de rótulos. Sua carreira começou abraçando a melancolia das primeiras gravações, depois evoluiu para algo mais alternativo, flertando com o rock pesado e experimentalismo. Neste último som batizado como “Pipedream Zero”, Rahder apresenta algo mais na receita buscando no punk a energia necessária e no “oi!” a atitude ideal para construção dessa ideia. De qualquer maneira, o resultado agrada e pode ser apreciado por pessoas com gosto musical variado.

Além de ser um músico versátil, Rahder escolhe bem como suas composições são tratadas. Para ele, não basta ser um bom compositor e instrumentista – como se apresenta aqui –, pois a técnica tem que acompanhar a mesma qualidade do produto final da ideia. No caso de “Pipedream Zero”, a canção foi gravada com equipamento de ponta, em Gotemburgo (SUE). Depois disso, a música foi masterizada por Lurssen (Rolling Stones and Taylor Swift e outros) nos Estados Unidos. Se o resultado saiu bom, você mesmo pode conferir e dar o seu veredito. Para mim, saiu ótimo, pois se a proposta é fazer tributo ao movimento punk-street, está de bom tamanho.

As influências de Rahder são várias. A gama de ídolos que inspiram o cantor justifica a não classificação de sua carreira em nenhum estilo, pois o próprio declara ser entusiasta de nomes como Sonic Youth, Bob Dylan, Miles Davis e até uma galera do metal extremo como Emperor, Dissection e Sepultura. No entanto, claramente o que grita mais alto aqui são as referências que ele tem para Dead Kennedys, Sex Pistols, The Stooges e congêneres. Com boa gravação, um trabalho de estúdio perfeito e um ritmo que chama o ouvinte a pogar, não seria difícil abraçar essa música.

Agora, sobre os aspectos harmônicos, uma música como “Pipedream Zero” não é cercada de complexidade. Entretanto, precisa valer a pena a audição e isso é feito por meio dos riffs rasteiros e melodia dos acordes. O som pesado vem da timbragem distorcida da base, enquanto que a pegada não exprime muitas variações. A bateria, que investe em um fraseado simples de um por um, conduz o compasso marchante enquanto que o refrão de inúmeros “Ois!” funcionam como gritos de guerra. Trocando em miúdos, eis aqui uma música simples, porém impactante. Certamente ocupará um bom lugar nas play lists.

Confira “Pipedream Zero” abaixo:

https://nielsrahder.bandcamp.com/album/heavy-bricks-2

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