Após o lançamento de diversos singles, o instrumentista Solnedgang, um norueguês que reside no Reino Unido, lança o seu mais novo ep 4 músicas: “Valkyrie”.

Com músicas longas que vão de 4 até outras de 7 minutos (beirando os 8), o trabalho total reúne exatos 24 minutos e 6 segundos de pura arte musical instrumental que se aprofunda em aspectos ao mesmo tempo melódicos quanto atmosféricos e sombrios, beirando o melancólico.

O nome “Valkyrie” remete ao imaginário da mitologia nórdica, ponto cultural e geográfico que coincide com as origens do músico. As valquírias, nessa mitologia, eram uma espécie de deidade, isto é, figuras de misticidade menor que serviam aos deuses e aqui mais especialmente ao Deus Odin, o soberano dos nórdicos. O propósito delas era justamente eleger os mais bravos e honrados guerreiros ao caminho de Valhalla, um lugar de consagração, honra e glória pós morte.

O ep como um todo passa bem uma atmosfera mitológica que o título representa. A ausência de vozes, de alguém cantando, contribui ainda mais para que o ouvinte seja levado por uma viagem metafísica.

Além disso, os próprios títulos das canções fazem referência às consagrações que os povos nórdicos acreditam em sua mitologia.

“Folkvangr”, a faixa de abertura, significa “Campo do povo” ou “Campo dos Exércitos”, referindo-se ao palácio de Freyja, Deusa do amor, local os guerreiros vikings eram recebidos após terem morrido de forma honrosa em batalha. A música passa um certo aspecto sombrio de morte.

Já “Draugr” faz referência a uma figura classificada como um morto-vivo na mitologia nórdica, uma vez que seu nome pode ser traduzido como “o que caminha novamente”. A canção expressa, por meio da velocidade, toda a fúria e raiva de um campo de batalha em disputa.

“Lament” é a mais calma e profunda do ep, ao contrário da anterior. Seu nome muito provavelmente vem em referência ao lamento de Loki, o Deus da trapaça, em sua condenação a estar amarrado nos confins da dor e experimentar do próprio veneno em sua face, gerando tanto sofrimento que o resultado é convertido em terremotos.

Por fim, “Niflhel” vem diretamente do nome do reino das névoas da mitologia nórdica, um dos mundos primordiais e mais assustadores desse universo. A música, escolhida pela maior duração, e talvez maior melancolia, reflete no imaginário do ouvinte imagens de um espaço congelando e sem qualquer pessoa ou ser místico rondando.

“Valkyrie”, mesmo sem nenhuma palavra, consegue extrair o máximo da criatividade musical com um som muito bem trabalhado e que serviria de trilha sonora pra muitos cenários reais ou irreais.

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