Nicholas Menza, baterista que integrou a formação clássica do MEGADETH, se vivo estivesse, hoje completaria 55 anos. Nick, como era mais conhecido, nasceu em Munique, em 23 de julho de 1964 e com dois anos de idade ele já tocava bateria. Já era prodígio.
Suas influências foram Jack DeJonette, Buddy Rich, Steve Gadd, Ceroli Nick, Jeff Porcaro, entre outros. Com 18 anos, seu primeiro trabalho como baterista profissional foi acompanhando o cantor Kelly Rhoads. O caro leitor achou o sobrenome familiar? Sim, Kelly é irmão do grandioso e saudoso guitarrista Randy Rhoads. Gravou também com John Fogetry, ex-CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL.
Nick Menza chegou ao MEGADETH em 1987, ainda como roadie do então titular das baquetas, Chuck Behler. Este gravou o disco “So Far, So Good…So What!“, e quando de sua saída, em 1989, Menza herdou as baquetas. E fez estragos dos bons nos tempos em que tocou com o “Tio Musta”.
Com o MEGADETH, Menza gravou os discos “Rust in Peace“, “Countdown to Extinction“, “Youthanasia“, além de “Cryptic Writtings“, em fase considerada pelos fãs como a mais prolífera da banda. Também não é para menos, além de ter sido a formação que mais tempo permaneceu junta, esta formação gravou estes discos icônicos. E Menza com seu talento ajudou e muito a abrilhantar não só a carreira do MEGADETH, mas a fazer também o seu nome.
Em 1998, ele sofreu um câncer no joelho e ainda hospitalizado, fora dispensado por Dave Mustaine, com um telefonema pouco amistoso em que lhe deu o seguinte recado:
“Seus serviços já não são mais necessários”
E assim, sumaria e covardemente, Nick Menza era substituído por Jimmy DeGrasso, em uma das maiores injustiças já cometidas no meio musical, nem ficarei restrito ao Rock e/ou Metal.
O câncer era benigno e ele se curou após a retirada do tumor. Seguiu tocando, alimentando esperanças de um dia retornar ao MEGADETH. Esperanças essas que caíram por terra no dia 21 de maio de 2016, quando, vítima de um ataque cardíaco fulminante, o destino fez com que Nick Menza saísse do mundo dos mortais e entrasse para o mundo das lendas. Naquela sombria noite, ele se apresentava com a banda OHM.
Dono de uma técnica invejável, sobretudo nos bumbos e nos pratos de condução, Menza tinha um estilo marcante e bastante original em tocar seu kit de bateria. E deixa saudades não só aos fãs do MEGADETH, mas também àqueles que admiravam o seu belo trabalho.
Particularmente eu o coloco facilmente na lista dos dez melhores bateras da história do Metal. E carrego um remorso muito grande por não ter tido a oportunidade de vê-lo ao vivo. Ficam comigo e com boa parte dos leitores, as imagens que temos dele, tocando com o MEGADETH ou no YouTube, que eu acompanhava, onde ele fazia um “playthrough” em sua bateria, de clássicos da banda que o fez famoso.
A ROADIE METAL, A VOZ DO ROCK presta aqui uma sincera homenagem a esse dia em que devemos nos lembrar com alegria, pois nascia uma lenda.
E lendas, você, caro leitor, sabe muito bem, não morrem!